REGIMENTO

Briga entre Anselmo e Paulo Magalhães interrompe sessão na Câmara de Vereadores de Goiânia

Paulo queria passar a vez dele na tribuna para a vereadora Gabriela Rodart

Os vereadores Anselmo Pereira (MDB) e Paulo Magalhães (União Brasil) se estranharam durante sessão da Câmara de Goiânia, nesta terça-feira (31). Paulo reclamava da falta de organização da mesa, pois, segundo ele, cada vereador 20 minutos para apresentar matéria, mas gastam “1 minuto para fazer discurso paralelo”. O desentendimento começou quando ele quis ceder o tempo para a parlamentar Gabriela Rodart (PTB).

Anselmo, que presidia a sessão, não permitiu a cessão – o que o regimento não permite, apenas aparte – e pediu que Paulo usasse o próprio tempo. O vereador, contudo, insistia que queria cedê-lo para Rodart, quando Anselmo foi incisivo. “Então, desça para eu passar para os demais”, cobrou e foi retrucado por Paulo: “O senhor, então, é o manda-chuva, né?”

Anselmo continuou: “Eu sigo o regimento da Casa e o senhor jurou por isso. Obedeça.” Longe dos microfones, Magalhães bradava que o regimento não era seguido.

Depois disso, Paulo foi para frente da mesa diretora e continuou a discussão com Anselmo. O bate-boca sobre “direitos” interrompeu a sessão. Dr. Gian (MDB), que já tinha começado a falar, parou de discursar para acompanhar a briga.

Magalhães apontava o dedo para Anselmo Pereira, que pedia mais respeito aos demais parlamentares. “Quer falar na frente de todo mundo, achando que os demais não tem o direito de falar.” Ele insistia para que Gian pudesse falar, mas Paulo continuava a gritar ao fundo.

Quando finalmente começou, Gian disse ser “lamentável esse episódio”. Mas não durou. Ele tentava dar sequência a fala que durou cerca de 1 minuto. A confusão fez com que Anselmo suspendesse a sessão. Longe dos microfones a briga continuava. “Eu encerro a sessão”, voltou o emdebista que presidia o encontro logo em seguida.

“Agora me peita, que eu quero te mostrar”, foi o último áudio de Anselmo possível de se ouvir após o fim da transmissão. A Câmara não se manifestou sobre o ocorrido.

O vereador Paulo Magalhães emitiu uma nota:

Hoje, após reiteradas cobranças pelo cumprimento do regimento interno da casa, manifestei minha insatisfação junto ao vereador que presidia a Sessão Plenária. Reconheço que me excedi, dentro do meu direito e respeitando todo o rito legislativo. O encerramento precoce da Sessão Plenária prejudica a população, pois impede a aprovação de matérias em plenário pelos vereadores. Não farei declarações pessoais contra ninguém, mas coloco não apenas a mim, mas também todo o meu mandato à disposição dos goianienses. Continuarei lutando por demandas e anseios para alcançar dias melhores para todos.

Caso começa aos 45h16: