Câmara de São Simão cassa prefeito após acusação de crimes sexuais contra crianças
A Câmara de São Simão cassou o prefeito Francisco de Assis Peixoto (PSDB) em sessão…
A Câmara de São Simão cassou o prefeito Francisco de Assis Peixoto (PSDB) em sessão extraordinária na Câmara Municipal realizada na tarde de segunda-feira (26). Foram nove votos a favor e dois contra a cassação. O chefe do Executivo é suspeito de cometer crimes sexuais contra pelo menos sete crianças da região.
Vereadores abriram uma Comissão Processante de Impeachment para apurar o caso, formada pelos vereadores Adriano Pimenta (PTB), Professor Fernando (DEM) e Vilarinho (PSC), além de um advogado. A sessão da Câmara seguiu por horas de debate e terminou por volta das 21h. Os vereadores Kebinha (PTB) e Laerte da Farmácia (PP) votaram contra a cassação.
Votaram a favor da cassação os vereadores: Adriano Pimenta, Ailton Lopes (PSC), Evaldo Elefante (PSC), Professor Fernando, Vilarinho, Lucas Vasconcelos (PSL), Ludgero Neto (PSL), Raufi Jones (DEM) e Wellington Carvoeiro (MDB).
O vice-prefeito de São Simão, Fábio Capanema (PP), está interinamente no cargo. A Câmara deve publicar decreto oficializando a situação.
O Mais Goiás tenta contato com Francisco de Assis Peixoto. O espaço está aberto para livre manifestação.
Acusações de crimes sexuais contra prefeito de São Simão
Francisco de Assis Peixoto foi preso em julho deste ano por suspeita de envolvimento em crime contra a dignidade sexual de menor de idade. Ao todo, sete vítimas fizeram denúncias ao Ministério Público de Goiás (MP-GO).
A suspeita foi levantada a partir de imagens e vídeos enviados por uma mãe, cujo filho de 15 anos foi assediado pelo prefeito. Com isso, outras vítimas apareceram.
Na gravação, compartilhada em conversa do então gestor com o adolescente, o prefeito mostra as partes íntimas e pede para que a vítima mostre também. Nas imagens aparece o rosto de Francisco de Assis Peixoto.
Uma das supostas vítimas é o comunicador Luís Manuel Araújo, que se manifestou em redes sociais. Ele alegou ter sofrido abusos sexuais quando tinha 9 anos, entre 2001 e 2007, e diz ter desenvolvido graves transtornos.
No dia 2 de setembro o Tribunal de Justiça de Goiás mandou soltar o agora ex-prefeito de São Simão, que permanece em liberdade.
Foi o próprio comunicador que protocolou o pedido de impeachment na Câmara Municipal de São Simão.