Câmara mantém impasse sobre adiamento das eleições
Rodrigo Maia avalia que proposta de alterar data das disputas municipais não tem votos suficientes para ser aprovada
No Senado houve consenso e aprovação para mudança na data das eleições 2020, passando de outubro para novembro. Na Câmara, a discussão está longe de ter uma posição mais uniforme.O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a maioria dos deputados não aprovaria o adiamento das eleições.
“Eu defendo, não sei se vai ter voto na Câmara, que a gente possa adiar. Mas hoje a gente sabe que não tem voto. E, mesmo aqueles que são contra, também é legítimo o deputado que entenda que não precisa mudar”, falou
Para que a PEC seja aprovada na Câmara, precisa de ao menos 308 votos favoráveis dos 513 deputados. Segundo Maia, o texto está pronto para ser analisado pela Câmara, mas não foi pautado até o momento por falta de consenso na Casa.
A expectativa é que o assunto seja mais discutido até a semana que vem. Se não houver maioria a favor do adiamento e o texto não for votado, a PEC deve ser engavetada.
O primeiro turno passaria de 4 de outubro para 15 de novembro enquanto o segundo turno passaria de 25 de outubro para 29 de novembro.
A divisão nas bancadas é fruto de uma pressão de prefeitos e vereadores que buscam a reeleição.
“Eu só acho que é incoerente o prefeito estar dizendo que ainda tem crise, que precisa de mais recursos para a saúde, para manter a prefeitura funcionando, e ao mesmo tempo uma boa parte desses prefeitos defendendo a manutenção da data de outubro”, disse. “Tem uma incoerência nisso.
Caso o calendário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) seja mantido, os adversários teriam menos tempo para fazer campanha junto aos eleitores, o que, em tese, beneficiaria os atuais ocupantes dos cargos.