Candidato do PSOL ao Senado defende desmilitarização da polícia e da Educação
Dentre as propostas de Fabrício Rosa está o incentivo às pequenas empresas e à educação para autonomia
Professor de Direitos Humanos, Fabrício Rosa, que é agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) há 18 anos, defende a desmilitarização da polícia e da educação. Ele é o único candidato ao Senado Federal pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) por Goiás.
“A militarização faz com que os policiais percebam o mundo de uma forma muito hierarquizada. Nós acreditamos na desmilitarização da vida, na verdade. Nós queremos liberdade plena e não a padronização: de pensamento, de cabelos, etc”, explica Fabrício.
Ainda sobre a polícia brasileira, o candidato tem uma visão crítica sobre a formação dos agentes, principalmente no que diz respeito às temáticas das minorias: mulheres, negros, população de rua, LGBTTs, entre outros. “As pessoas apresentam os temas aos policiais de maneira muito burocrática. Como se determinada lei fosse modificar uma atitude”, explica.
Por isso, Fabrício tem como proposta a participação mais ativa de movimentos sociais no processo de formação dos policiais. “É preciso uma vivência muito mais prática sobre cada um dos vulnerabilizados. Nós acreditamos em uma polícia que deve cuidar das pessoas. Segurança é sinônimo de cuidado”, afirma.
Neste mesmo sentido, o candidato do PSOL faz críticas ao modelo educacional de escolas militares adotado em Goiás. Além da padronização, ele fala da cobrança de tarifas e de como isso compromete o acesso da população com menor renda ao ensino público.
“Na prática, os colégios militares são desiguais, porque eles cobram uma taxa. Apresentam índices dizendo que as notas são maiores, mas metade dos alunos são filhos de militares, ou seja, da classe média”, critica.
Frentes de atuação
Dentre as propostas de Fabrício também estão projetos voltados para a comunidade LGBTT. O candidato, contudo, faz um desabafo, afirmando que muitas pessoas têm reduzido a campanha dele a esse único tópico.
“Não é fácil ser um candidato LGBTT. Muitas pessoas tem tentando dizer que a nossa campanha é só LGBTT”, desabafa Rosa. Ele ainda enfatiza que sua atuação nos Direitos Humanos é longa, principalmente com atuação junto a crianças e adolescentes.
Outra pauta levantada por Fabrício é a necessidade de incentivo aos pequenos e médios empreendedores brasileiros. “As maiores empresas conseguem juros mais baratos. Os pequenos empreendedores têm dificuldade pra conseguir juros menores”, finaliza.