Capacidade de diálogo era a maior virtude de Maguito
Político tinha habilidade para construir pontes e aparar arestas
A triste partida de Maguito Vilela na madrugada de hoje (13/01) nos faz pensar em seu legado e características como homem público. Trajetória política que começou em Jataí, sua terra natal, como vereador. E passou por quase todos cargos eletivos possíveis de alguém ocupar: foi deputado estadual, federal, governador, senador e prefeito. Sim, só faltou a Maguito ser presidente da República. Para o restante dos cargos, ele venceu eleições para todos.
Uma trajetória de inegável êxito. Para chegar a tantos louros, a capacidade de diálogo foi a principal virtude que o construiu na vida pública, não tenho dúvidas. Maguito era um conciliador nato. Circulava com respeito entre os vários grupos políticos de Goiás.
Começou sua carreia na Arena, partido no qual conquistou seu primeiro mandato. No fim dos anos 1970, migrou para o MDB onde permaneceu filiado até seu último dia. Era conhecido por abrir portas nas outras legendas para alianças e acordos.
Tinha bom diálogo com Marconi Perillo no período áureo do Tempo Novo, o que causava irritação em Iris Rezende. Transitava bem dentro do PT no auge do governo Lula, de quem tinha respeito e admiração. Tinha pontes sólidas com o governador Ronaldo Caiado.
Não procurava o conflito, buscava o entendimento. Evitava a confusão, batalhava por consensos. Fugia das divididas que não levam a nada e podem causar fraturas, preferia o passe redondo e a bola no pé.
Em tempos de políticos histriônicos e que têm na vulgaridade sua plataforma de ação, a elegância de Maguito, sua capacidade de estabelecer diálogos e fineza no trato farão muita falta.
Meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos.
Descanse em paz, Maguito.