PROTESTO

Carreata pró-impeachment de Bolsonaro reúne cerca de 150 carros em Goiânia

Ato pede que governo federal trace um plano de vacinação que contemple toda população brasileira

Carreata pró-impeachment de Bolsonaro tem cerca de 150 carros em Goiânia

A carreata pró-impeachment de Bolsonaro, em Goiânia, deixou a Praça Universitária, às 15h30 desta sexta-feira (22) com cerca de 150 carros. O ato, que começou com a Frente Feministas de Goiânia e hoje reúne cerca de 60 organizações, tem como uma das principais demandas, explica Lívia Assis, enfermeira e membro do coletivo de mulheres #PartidA, um plano de vacinação contra a Covid-19 que contemple toda a população.

“Pedimos que o governo trace esse plano e que seja gratuito a todos. Defendemos o Sistema Único de Saúde (SUS)”, reforça. Além disso, estão entre as pautas o colapso na saúde, falta de oxigênio hospitalar em Manaus e atraso na aquisição das vacinas contra a Covid-19 e de seus insumos, como seringas e agulhas.

Destaca-se, a carreata, além de sindicatos, coletivos e organizações, conta com a presença do vereador Mauro Rubem (PT) e da deputada estadual Adriana Accorsi (PT). A carreata, que deixou a Praça Universitária às 15h30, segue em direção ao terminal da Praça da Bíblia pela Anhanguera, depois retorna pela avenida até a Tocantins e, então, sobe pela Praça Cívica, onde encerra o protesto com um ato ecumênico, no local.

“Resolvemos fazer em dia de semana para podermos pegar um grande número da população nas ruas. Amanhã (sábado) ocorre um ato nacional”, adianta. A concentração começou na Praça Universitária por volta das 14h e, segundo a idealizadora, todas as recomendações sanitárias contra a Covid-19 foram respeitadas.

Atualmente, a Covid-19 já matou cerca de 214 mil pessoas no Brasil. Em Goiás, o número de óbitos é de 7.241, segundo boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) desta sexta.

Lívia Assis (Foto: Jucimar de Sousa)

Polêmicas

A crise por falta de oxigênio hospitalar no Amazonas e Pará aumentou a tensão entre críticos do governo federal. Além disso, Jair Bolsonaro protagonizou polêmicas envolvendo a vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Na última semana, o presidente chegou a ironizar a eficácia de 50,38% da vacina e disse que “a verdade está aparecendo”.

No início de janeiro, o presidente suspendeu a compra de seringas e agulhas, após afirmar que fabricantes aumentaram os preços dos itens. À época, ele disse que estados e municípios tinham estoque suficiente do material para o início da vacinação.

Antes disso, em outubro de 2020, Bolsonaro disse que não compraria a Coronavac, pois “o povo brasileiro não seria cobaia”. Um dia depois daquela fala, o presidente afirmou que, independente de autorização da Anvisa, não iria adquirir a vacina, pois existe “descrédito muito grande” em relação ao imunizante. No dia seguinte, a Anvisa autorizou a compra do imunizante, mesmo após o veto do presidente.