Eleições 2022

Casos de violência política reacendem preocupação com segurança de candidatos

Episódios como o do artefato com explosivos e fezes em ato do ex-presidente Lula no Rio fizeram com que agendas fossem readequadas; tensão também preocupa o entorno do presidente Jair Bolsonaro

Fotos: Arquivo

Episódios recentes de violência relacionados à política aumentaram a preocupação das pré-campanhas com a segurança dos pré-candidatos à Presidência da República e fizeram com que agendas fossem readequadas. Na quinta-feira, um artefato com explosivos e fezes foi detonado em ato do ex-presidente Lula no Rio. Um evento com o petista já tinha sido alvo de um drone com “água de esgoto” em Uberlândia (MG), segundo a militância. E o carro do juiz responsável pela ordem de prisão contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi alvo de um ataque com excrementos e ovos. Nos dois primeiros casos suspeitos foram presos, e a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o atentado contra o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal de Brasília.

No ato na Cinelândia, no Centro do Rio, na noite de quinta-feira, Lula usou um colete à prova de balas. Além da polícia, seguranças privados contratados pela organização do ato atuaram no local. Em eventos pelo país, a própria militância tem sido usada para fazer cordões de isolamento e dar uma “ajuda extra” nessa área.

O general Gonçalves Dias, que ficou conhecido como a “sombra” de Lula em seus dois mandatos presidenciais, voltou a fazer parte da equipe de segurança do petista, segundo a colunista Bela Megale, do GLOBO. Chamado de GDias, sua função é cuidar dos eventos externos da pré-campanha.

A Polícia Federal e as pré-campanhas à Presidência começaram a definir os nomes que estarão à frente da segurança dos candidatos durante o período eleitoral. No caso da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, a segurança fica sob responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão vinculado ao Palácio do Planalto.