CEI da Comurg pode ter trabalhos prorrogados para evitar nulidade
Ronilson Reis diz que a prorrogação serviria para concluir a elaboração do relatório final
O presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga possíveis irregularidades na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), vereador Ronilson Reis (sem partido), apresentou requerimento, na quarta-feira (5), para prorrogar a investigação. O parlamentar quer mais 35 dias para que os trabalhos não se tornem nulos.
Ronilson Reis diz que a prorrogação serviria para concluir a elaboração do relatório final. O receio é de que o prazo fixado para 17 de agosto deixe abertura para que as oitivas, juntada de documentos e o próprio relatório se tornem nulos.
“A CEI vence dia 13 de julho, quando completa os 120 dias, e apresentação do relatório acontece somente em agosto. Então, se for apresentá-lo no prazo hoje fixado, sem a prorrogação, o relatório se torna nulo”, explica.
A prorrogação “não irá fazer novas audiências ou convocações. Apenas será usada para finalização do relatório conclusivo dos nossos trabalhos durante os últimos 120 dias”, garante.
Anulação
O Mais Goiás mostrou que há movimentações para anular os trabalhos da CEI, que, inclusive, foram sinalizadas ao longo dos trabalhos do colegiado.
O secretário de Governo, Jovair Arantes (Republicanos), responsável pela articulação política do Paço Municipal com a Câmara dos Vereadores, chegou a falar sobre o assunto à imprensa em abril. Pedro Azulão Júnior (PSB) — da base do prefeito — também deixou claro que pode anular os trabalhos.
“Acho que mais importante do que essas discussões políticas é um relatório firmado na verdade para que a Comurg tenha uma solução. Como tenho dito há muitos anos, a Comurg é capa de jornal há muitas décadas e até o presente momento ninguém apresenta uma solução para isso”, avalia o vereador Thialu Guiotti (Avante), relator da CEI.