CEI da Comurg: vereador leva pizza para Câmara e sessão “pega fogo”
O centro da discussão é o relatório da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura possíveis irregularidades na Comurg
A sessão da Câmara Municipal desta quinta-feira (31) foi intensa com direito a entrega de pizzas e acusações mútuas. A disputa retórica, com adjetivos nada abonadores, aconteceu entre os vereadores Sargento Novandir e Thialu Guiotti (Avante). O centro da discussão é o relatório da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura possíveis irregularidades na Companhia Municipal de Urbanização (Comurg), entregue na última quinta-feira (30) pelo relator Thialu Giotti na Câmara Municipal.
Assim, Sargento Novandir distribuiu e comeu pizza em plenário, em protesto contra o relatório, que taxou como fruto de uma CEB, Comissão Especial de Barganha. Ele alegou que a CEI não deu resultados esperados devido a supostas negociatas feitas entre vereadores e o Paço Municipal.
Durante o discurso, o vereador pediu para que lhe entregassem uma pizza, que seria distribuída em plenário. No entanto, o vereador Anselmo Pereira (MDB), que presidia a sessão, o advertiu dizendo que a pizza só poderia ser servida fora do plenário. Novandir então solicitou que fosse oferecida nas galerias.
“Tem à Moda, que acho que o senhor vai gostar. Não podemos terminar uma CEI sem o povo goianiense saber o que aconteceu. O povo precisa saber quem o representa de verdade. Eu sei que vou sofrer muita retaliação. Me chamaram para participar da barganha”, disse. Logo depois, o vereador abriu a pizza e comeu no plenário.
Thialu rejeita “pizza” na CEI da Comurg
O relator da CEI, Thialu Guiotti, rebateu às acusações e disse que se trata de um protesto “politiqueiro”, e salientou que o relatório foi construído com contribuições dos setes vereadores membros da Comissão. Além disso, foi aprovado na íntegra, de maneira unânime.
“Então, a partir do momento que o senhor não concorda com o relatório, o senhor não concorda com aquilo que os sete vereadores titulares da Comissão Especial de Inquérito trabalharam por durante seis meses e entregaram a este parlamento”, disse.
“Cachorrinho maluco”
Thialu ainda afirmou que as acusações de Novandir são graves e, por isso, devem ser provadas com documentos, sob o risco de prevaricação.
“Quando o senhor é conhecido nas redes sociais, seja pela forma do palhaço, seja agora pela pizza e automaticamente por tirar cinto e ficar parecendo um pinscher nervoso, gritando e gritando, parecendo um cachorrinho maluco, isso demonstra que o lugar de vossa excelência não é aqui no parlamento, que é um local de discussão de políticas públicas”, criticou o vereador.