Cidadania decide por federação com PSDB, mas Tejota diz que ficará com Caiado

O vice-governador Lincoln Tejota, presidente do Cidadania em Goiás, diz que continuará a ser aliado do governador Ronaldo Caiado (DEM), apesar de o partido ter aprovado no último sábado (19) indicativo de formação de federação com o PSDB.

“O momento pede coerência e coerência é dar suporte ao governo em que fui eleito. Independente da federação, sou vice-governador e continuarei apoiando o governo que componho”, pontua.

O indicativo para formação de federação entre o Cidadania e o PSDB foi aprovado no último sábado após reunião do Diretório Nacional, com 56 votos, o mínimo necessário para selar o acordo. As outras alternativas de aliança eram uma federação com o PDT ou com o Podemos. A tese do Podemos foi derrotada no 1º turno da votação.

Tejota acredita que as executivas dos dois partidos ainda avançarão na discussão de regras para a aliança, como a que garante prioridade aos governadores candidatos à reeleição.

Assim, caso o presidente do partido, Roberto Freire, bata o martelo, as acomodações devem ser feitas nos Estados.

Como funciona a federação de partidos?

As federações de partidos têm obrigação de durar por quatro anos; mais tempo, portanto, que as coligações normais – que são formadas somente para eleição disputada. Elas serão formadas por partidos com afinidade programática, e duram pelo menos os quatro anos do mandato. Além disso, diferente das coligações, partidos devem seguir a federação em todos os entes, nos estados e municípios.

Se algum partido deixar a federação antes desse prazo, sofre punições, tais como a proibição de utilização dos recursos do Fundo Partidário pelo período remanescente.

O texto foi aprovado pelo Congresso em setembro do ano passado, o que permite que os partidos possam forma blocos de dois ou mais componentes já a partir das eleições de 2022. Com isso, as siglas podem unir tempo de TV e cálculo de quociente eleitoral nas eleições proporcionais.