ASSÉDIO

Citado como ajudante nas ‘investidas’ do presidente da Caixa, vice será afastado do cargo

Celso é citado na denúncia que uma funcionária fez na ouvidoria da Caixa como sendo colaborador do ex-presidente em alguns de suas investidas

Celso Leonardo, o número dois da Caixa | reprodução

Na esteira das acusações de assédio sexual que derrubou Pedro Guimarães da presidência da Caixa, o vice-presidente de Negócios de Atacado do banco, Celso Leonardo Barbosa, será afastado hoje de suas funções. Na hierarquia do banco, é o número 2.

Barbosa, que também é lutador de MMA e era o executivo mais próximo de Guimarães na diretoria do banco, é citado na denúncia que uma funcionária fez na ouvidoria da Caixa como sendo colaborador do ex-presidente em algumas de suas investidas.

Embora o MPF tenha recebido cinco denúncias de assédio sexual, na ouvidoria da Caixa apenas uma queixa foi apresentada formalmente.

Outras pessoas da Caixa ligadas a Guimarães também foram nomeadas nesta denúncia, mas de modo menos contundente e detalhado. Elas serão ouvidas nas investigações internas, mas não afastadas.

O afastamento de Barbosa será discutido hoje pelo conselho de administração da Caixa, que fará uma nova reunião extraordinária hoje, a segunda desde ontem. E é certo que a decisão será a de removê-lo do cargo enquanto as apurações internas não forem concluídas.

Há a possibilidade de o próprio Barbosa pedir voluntariamente o seu afastamento ainda hoje.

Barbosa, aliás, foi o nome indicado por Pedro Guimarães para substituí-lo quando caiu anteontem. Uma sugestão que, claro, não colou.