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Citado por padre em crítica ao PL do Veneno, Francisco Jr. rebate

"Ver críticas descabidas a uma lei que deverá baratear os alimentos é algo sem sentido"

Do PSD, Francisco Jr. diz que apoiará Mabel em Goiânia e que Vanderlan é quem "destoa" (Foto: Michel Jesus - Câmara dos Deputados)

O deputado federal Francisco Júnior (PSD) rebateu o padre Celso Leonel Carpenedo, de Itapuranga, que fez críticas aos parlamentares goianos que votaram a favor do projeto de lei 6.299 (PL do Veneno) – que afrouxa restrições ao uso de agrotóxicos. “Ver críticas descabidas a uma lei que deverá baratear os alimentos é algo sem sentido”, disse ao Mais Goiás, por nota.

Segundo ele, a lei aprovada na Câmara Federal “atualiza as normas e regras sobre o uso de defensivos agrícolas no nosso País, para corrigir falhas nos processos, ajustar prazos e reduzir a burocracia, que só encarecem o que produzimos”. Ele cita que a legislação anterior é de 1989.

Ainda de acordo com Francisco, a lei que ele votou “sim” “estabelece um novo mecanismo de avaliação: a análise de risco dos defensivos, algo que até hoje nem era feito no Brasil. E, como parte dessa modernização, também faz a integração das análises, sejam ambientais, de saúde ou agronômicas”.

Crítica do padre

O padre Celso Leonel Carpenedo, de Itapuranga, aproveitou parte da missa de domingo (13) para criticar o projeto de lei 6.299, aprovado na última quarta-feira (9). Segundo o religioso, os deputados não compram os mesmos produtos da população, que “come o veneno”.

“Nosso povo está doente, nós temos muitas situações de câncer, inclusive em Itapuranga. Tem veneno demais. Os países da Europa deixarão de comprar nossa produção, pois não aceitam esse tanto de veneno… Nossos deputados, que não compram nos mercados da gente. Eles compram em departamentos que só tem comida biológica, 30% mais cara, mas eles têm dinheiro para bancar… Enquanto o povo come o veneno.”

E ainda: “A vida de vocês diz respeito à Igreja. A saúde de vocês diz respeito à Igreja. Se nós não defendermos a saúde, que religião é essa? Que fé é essa?”

Ele leu o voto de cada parlamentar, mas em relação a Francisco Júnior, o religioso disse que o deputado “não obedece sequer o papa Francisco“. “Não obedece a carta do papa, Laudato Si, que pede a diminuição dos venenos.”

Confira a nota de Francisco Júnior na íntegra:

“Em uma época que a inflação aflige milhões de brasileiros, incluindo nós goianos, e a crise causada pela Covid-19 gera grande dificuldade em colocar a comida na mesa e pagar as contas, ver críticas descabidas a uma lei que deverá baratear os alimentos é algo sem sentido. A lei que votamos e aprovamos na Câmara dos Deputados atualiza as normas e regras sobre o uso de defensivos agrícolas no nosso País, para corrigir falhas nos processos, ajustar prazos e reduzir a burocracia, que só encarecem o que produzimos.

A lei anterior é de 1989 e a Câmara já discutia mudanças há 20 anos, um tempo que é impensável em qualquer outro lugar do mundo. A lei que aprovamos faz algo ainda mais importante: estabelece um novo mecanismo de avaliação: a análise de risco dos defensivos, algo que até hoje nem era feito no Brasil. E, como parte dessa modernização, também faz a integração das análises, sejam ambientais, de saúde ou agronômicas.

Além disso, foram criados critérios para as prioridades de avaliação dos defensivos, e não a “liberação branca” que existia. Até a nova lei, qualquer agrotóxico poderia ser utilizado indefinidamente apenas com um registro temporário, que fica parado décadas pelos procedimentos e burocracia, que agora foram alterados. Ao contrário do que tem sido dito por quem deseja fazer uso político da desinformação, a nova lei dá mais transparência nos registros, inclusive estabelecendo o acompanhamento eletrônico dos processos.”

Deputado federal Francisco Júnior (PSD)