Comércio volta a fechar caso haja “excesso ou falhas”, afirma Iris
Anúncio do decreto foi marcado por ressalvas de que a decisão pode ser revista. "Nós não teremos dificuldade em alterar o decreto". discursou
O decreto municipal assinado nesta segunda-feira (13) pelo prefeito de Goiânia Iris Rezende acaba com a quarentena intermitente aplicada ao comércio. No entanto, ainda é possível que a regra que impõe 14 dias de fechamento seguido por igual período de abertura seja rediscutida. A decisão fica com órgãos técnicos do Paço e dos pareceres emitidos por eles sobre a situação da crise pandêmica na capital.
Assim diz o parágrafo primeiro do novo decreto municipal: “Manter-se-á o funcionamento após o período de que trata o caput este artigo, não se aplicando o revezamento disposto no art. 1o do Decreto n.° 1.242/2020, salvo se a análise sistemática dos indicadores epidemiológicos e de capacidade assistencial técnica pela Secretaria Municipal de Saúde aponte para a impossibilidade de manutenção do funcionamento.”
Iris disse que a economia de Goiânia é movida por diversos motores, entre eles os setores de comércio e serviços, duramente atingidos pelo isolamento para conter a disseminação da Covid-19. Daí a necessidade de se abrir, concluiu, destacando ainda que, em Goiás, muitas vidas foram salvas pelo primeiro decreto estadual, no início da crise.
“Hoje, pelo resultado que Goiás alcança eu chego à conclusão de que Caiado foi inspirado quando tomou aquela atitude”, disse. A secretária municipal de Saúde Fátima Mruè disse que Goiânia está abaixo da média nacional em infeção e ocupação de leitos. Ainda assim, Iris ressaltou: “se nosso decreto constar qualquer exagero, não tenham dúvida, imediatamente vamos rever.”
O prefeito discursou, sentado, e sem máscara. Caiado falou em seguida, usado o equipamento de proteção. Em sua fala, o governador destacou o sucesso de Iris na vida pública e atribuiu a longevidade política à capacidade de ouvir e entender a população. “Nos guiamos pelo bom exemplo [de Iris]” disse Caiado.
O evento foi acompanhado por membros do setor empresarial, como o presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi; e o presidente da Associação Empresarial da Rua 44, Jairo Gomes, dois dos que mais fizeram pressão pela reabertura das atividades.