VAI TER?

Briga entre Amauri e Mauro Rubem ainda não chegou à Comissão de Ética da Assembleia

Deputada Bia de Lima formalizou caso ao presidente Bruno Peixoto, que disse que levaria o caso ao vice-presidente corregedor para análise

A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), presidida pelo deputado estadual Antônio Gomide (PT), ainda não recebeu qualquer denúncia relacionada a briga entre os parlamentares Mauro Rubem (PT) e Amauri Ribeiro (União Brasil), ocorrida na tarde de terça (10). O jurídico do colegiado informou ao Mais Goiás a ausência por volta das 14h45 desta quarta-feira (11).

Vale citar, a deputada estadual Bia de Lima (PT) formalizou uma denúncia contra Amauri nesta manhã, em plenário, junto ao presidente da Alego, Bruno Peixoto (União Brasil). O mesmo disse que levaria a situação ao 2º vice-presidente corregedor da mesa diretora, Lucas do Vale (MDB), para analisar o ocorrido – o 1º vice, Cairo Salim (PSD), está de licença. O portal não conseguiu confirmar com o político se ele avalia o caso.

É preciso dizer, a Comissão de Ética precisa ser provocada. Neste caso, depende que o corregedor leve até ela a denúncia.

Mas sobre o caso, na tarde de terça-feira (10), Mauro Rubem explicava sobre a guerra de Israel quando a briga começou e a sessão precisou ser encerrada pelo presidente em exercício, Tales Barreto (União Brasil). Antes, o bolsonarista convicto, Amauri Ribeiro, chegou a apresentar uma moção de repúdio ao Hamas, além de associar o grupo terrorista ao PT e ao governo federal.

Em determinado momento, o petista fez uma provocação a Amauri Ribeiro durante seu tempo em plenário. “O deputado diz tanto aqui que é calmo, tranquilo e respeitoso. Tem que parar de xingar. Se eu chamar você de ‘tchutchuca’ você não vai gostar”, salientou. Foi o suficiente para que o bolsonarista começasse a gritar e disparar palavrões.

Mas foi um episódio envolvendo a vida familiar de Amauri Ribeiro que fez entornar o caldo e levou o deputado estadual a quase ‘perder a cabeça’. Mauro voltou no tempo e lembrou quando o parlamentar, enquanto era prefeito de Piracanjuba, deu um ‘corretivo’ em sua filha. Era 2015. As fotos da ‘disciplina’ viralizaram na internet e mostravam a herdeira do político cheia de hematomas e lesões pelo corpo.

O caso repercutiu e Amauri Ribeiro confirmou a agressão. Oito anos depois, Mauro Rubem citou o assunto, nesta terça. “Não é bom a gente baixar o nível. Esse é o seu nível e seu palco. Você quer levar para isso. Não dá conta de sustentar o debate e quer chamar pra porrada. Acha que todo mundo aqui é a filha dele que pode apanhar. Nem a filha dele deveria apanhar”, disparou.

Não é possível ouvir os xingamentos, mas pelo menos três policiais legislativos seguraram Amauri Ribeiro, que ameaçava ir para vias de fato com Mauro Rubem. O presidente da sessão, deputado Talles Barreto (União Brasil), encerrou os trabalhos da casa.