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Congelamento de salários será debatido na Alego

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) será analisada pelos deputados neste final de semestre

Pensão das vítimas do césio 137 em Goiânia poderá ser reajustada (Foto: divulgação)

O congelamento de salários dos servidores públicos será tema a ser debatido por deputados na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Projeto que trata da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2021 foi encaminhado para o parlamento goiano. A medida vai ao encontro do projeto de ajuda federal que está no Senado e que tem como uma das contrapartidas o congelamento de salário dos servidores.

Segundo o texto enviado pelo governo à Assembleia concessões de qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração e subsídios de servidores civis e militares” estão proibidas no Poder Executivo. Novos concursos públicos também não deverão ser realizados. Não houve acordo para que a medida fosse estendida ao Legislativo, Judiciário, Tribunais de Contas e Ministério Público, por terem autonomia administrativa e financeira.

O Estado já procura fazer adequações em lei baseado no que deve ser aprovado pelo Senado neste sábado (2/5). A matéria que vai ser votada pelos senadores destaca que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios afetados pela calamidade pública decorrente da pandemia do Covid-19 ficam proibidos de “conceder a qualquer título, vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração de membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e militares, exceto quando derivado de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior à calamidade pública.

Segundo texto do senado, a ser debatido, também não se pode criar cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa e nem alterar estrutura de carreira que implique aumento de despesa”, pontos que também deverão ser discutidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de Goiás. A LDO estabelece às diretrizes para o próximo exercício; são as bases do projeto da Lei Orçamentária que é apreciada ao final do ano, e estabelece a previsão de receitas e despesas do Estado para o ano seguinte.

Crise

Goiás receberá uma parcela pequena do pacote criado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para socorrer os Estados durante a pandemia de coronavírus: R$ 952 milhões de um total de R$ 60 bilhões. Em termos percentuais, o valor representa 1,58% do montante geral.

De acordo com a nova proposta, a União entregará os valores aos Estados, Distrito Federal e Municípios, em quatro parcelas mensais e iguais. Dinheiro deverá ser usado no enfrentamento à Covid-19 e seus efeitos financeiros.