Conselheiro Nilo Resende se aposenta no TCM e disputa por vaga esquenta
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) publicou, nesta quarta-feira (12), resolução administrativa que aprovou…
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) publicou, nesta quarta-feira (12), resolução administrativa que aprovou a aposentadoria do conselheiro Nilo Sérgio de Resende Neto, de 62 anos. A decisão pode impactar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê a extinção do TCM-GO, segundo informações de bastidores.
Vale citar, estão cotados para substituir o conselheiro o secretário de Governo, Ernesto Roller, e o deputado estadual Humberto Aidar (MDB). A indicação oficial parte da Assembleia Legislativa, onde tramita a PEC, e, depois ocorre a sabatina, que aprova ou não o novo ocupante do cargo.
Nesta quarta-feira, inclusive, o deputado Tião Caroço (DEM) saiu em defesa do nome de Aidar. “Ele vai preencher todos os requisitos de um grande conselheiro. É um homem honrado, digno e preparado. É motivo de muito orgulho para todos nós”, disse durante a sessão.
Nilo Resende
Nilo estava no TCM desde 2013. A resolução administrativa que aprovou o pedido da aposentadoria voluntária considerou o “tempo de contribuição, idade, dentre outros”. Ele, se quisesse, poderia seguir até os 75 anos para deixar o cargo, por meio de aposentadoria compulsória.
O pedido, vale lembrar, teve como relator o conselheiro Francisco José Ramos. Todos os demais acompanharam o parecer. Confira a resolução AQUI.
PEC
A PEC que prevê a extinção do órgão foi apresentada em 27 de abril pelo deputado estadual Henrique Arantes (MDB) com 26 assinaturas. Desde o começo das discussões, prefeitos, entidades e deputados se manifestaram contrários e favorários à PEC. O TCM, por sua vez, sempre reforçou que o órgão não é caro, nem ineficiente.
O TCM é responsável pela fiscalização dos 246 municípios goianos (Prefeituras e Câmaras Municipais), empresas públicas, fundações, autarquias, institutos de previdência, Fundos Municipais de Saúde; Fundos municipais de assistência social, dos direitos da criança e do adolescente, de habitação de interesse social, de educação e de manutenção e desenvolvimento da educação básica.
Ao todo, segundo o TCM, são 1.900 entidades avaliadas com base na transparência e nos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Por meio de nota, ao portal, o tribunal disse que não é ineficiente e nem caro. Atualmente, o custeio mensal do órgão é de R$ 530 mil, mais 9,650 milhões em servidores ativos e R$ 5,7 milhões de inativos.
“Seu custo não chega a 0,5% (meio por cento) do orçamento do Estado de Goiás. A propalada redução de custo seria pífia.” Com a extinção do órgão, os servidores seriam remanejados, por exemplo, para o TCE. “A solução de continuidade seria gigantesca e danosa à sociedade. O Estado consumirá tempo e recursos para absorver a estrutura e a expertise que o TCM detém para lidar com a gestão municipal”, adverte.
Vale lembrar, em 2018 também houve a sugestão, por parte do ex-deputado estadual [hoje federal] José Nelto (Podemos), de extinguir o tribunal.