Controladoria-Geral do Município abre investigação contra vereador Kleybe Morais
Parlamentar de Goiânia é suspeito de ocupar cargo fantasma na Cooperativa de Trabalho dos Condutores de Ambulância e Profissionais da Área de Saúde de Goiás
A Controladoria-Geral do Município abriu investigação sobre supostas irregularidades do vereador Kleybe Morais (MDB) como servidor público de Goiânia. O parlamentar é supeito de ocupar cargo fantasma na Cooperativa de Trabalho dos Condutores de Ambulância e Profissionais da Área de Saúde de Goiás, com salários pagos pela Prefeitura de Goiânia.
No Diário Oficial do Município de Goiânia, publicado na última sexta-feira (20), consta uma portaria que designa comissão especial de processo administrativo disciplinar contra Kleybe Morais.
“Designar a Comissão Permanente de Sindicância, para atuar como Comissão Especial de Processo Administrativo Disciplinar para apurar as possíveis irregularidades referentes aos atos e fatos que constam do Processo Administrativo Disciplinar no. 8.791.565-4/2021, bem como as demais infrações conexas que emergirem no decorrer dos trabalhos”, aponta o documento.
Apurações da Controladoria-Geral do Município
O Mais Goiás mostrou que, ainda em junho, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) publicou decreto em que interrompe a cessão do vereador à cooperativa em que estava lotado. Kleybe Morais é servidor efetivo da prefeitura de Goiânia desde 1999, lotado na Secretaria de Governo.
A suspeita é de que o vereador tenha utilizado sua influência política para ser cedido à cooperativa e não desempenhar a atividade, mesmo recebendo a remuneração. Alguns indícios apontam que ele estaria fora da cooperativa no horário em que teria que desempenhar trabalho.
Investigação contra Kleybe Morais: o que diz o vereador
O vereador diz que não ainda não foi notificado sobre o processo administrativo, e que não conhece o teor do processo, mas informa querer contribuir totalmente “para que a verdade venha à tona e para que o meu nome não esteja envolvido em situações ilícitas”.
“Espero que esse processo não tenha correlação com as denúncias que tenho feito na Tribuna da Câmara Municipal e nem com o meu posicionamento contrário à implantação da Taxa de Coleta do Lixo”, aponta.