Coronavírus: Paulo Trabalho libera servidores do gabinete para trabalharem de casa
O deputado estadual Paulo Trabalho (PSL) é o primeiro parlamentar da Assembleia Legislativa de Goiás…
O deputado estadual Paulo Trabalho (PSL) é o primeiro parlamentar da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) a liberar os servidores para trabalharem de casa. Na quinta-feira (12), ele propôs a suspensão das atividades de gabinete, por causa do novo coronavírus. O legislador enviou um requerimento ao presidente da Casa, Lissauer Vieira (PSB), para que seus funcionários atuem nas respectivas residências, nos próximos 15 dias – o que pode mudar, a depender dos desdobramentos – a título de formalidade.
Em Goiás, já foram diagnosticados três casos da doença. Uma das vítimas é uma idosa de 61 anos, que mora em Rio Verde, e que esteve recentemente na Espanha. Duas moradoras de Goiânia também estão infectadas: uma de 38 anos, que viajou para Itália, e uma de 38 anos que viajou para o Estados Unidos. Nenhuma das mulheres apresentaram sintomas graves, e estão em isolamento domiciliar.
“Além disso, a Assembleia recebe diariamente centenas de pessoas. No Distrito Federal, por exemplo, ações semelhantes já foram adotadas com o intuito de evitar a proliferação do vírus”, justifica o Paulo, que acredita ser melhor prevenir do que remediar.
Requerimento
O requerimento é, na verdade, uma formalidade de Paulo, uma vez que ele tem autonomia de administrar seu gabinete. “Eu posso implementar em meu gabinete, mas gostaria de ter ‘aprovação’ para ser oficial”, disse Trabalho, que também vê a possibilidade da adesão de outros deputados e de uma suspensão das sessões. “A Alego é um local visitado por pessoas do Estado inteiro, então é um risco de mão dupla – nós recebemos autoridades de vários países, também – que pode ser evitado.”
De acordo com ele, a medida visa contribuir para a não disseminação do vírus. “Acredito que na próxima semana já tenhamos uma definição [sobre a situação da Alego]. Mas os meus [funcionários] já dispensei para trabalhar de casa”, resumiu.
Presidente da Casa, Lissauer fez questão de reforçar que Paulo não precisa de aprovação, pois é o titular da gestão do gabinete dele. Disse, ainda, que não descarta a suspensão provisória das sessões, mas que isso vai depender do desenrolar das notícias até segunda-feira (16).
“A princípio não penso em dispensa, mas se for fazer, faremos por portaria, em uma ação conjunta da Mesa Diretora”, informa e complementa: “Mas individualmente, cada gabinete faz como achar melhor. Temos que ter cautela e esperar as próximas notícias. Segunda teremos um diagnóstico e, se estiver controlado, podemos seguir trabalhando.”