Coronel da PM de Goiás é preso em operação contra patrocinadores e participantes de atos antidemocráticos
Ex-comandante da Rotam, Benito Franco se candidatou ao cargo de Deputado Federal no ano passado, teve 10.343 votos e não foi eleito
O coronel da ativa da Polícia Militar de Goiás (PMGO) Benito Franco, de 43 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (17), em Goiânia, durante ação da Polícia Federal que investiga patrocinadores e participantes dos atos antidemocráticos praticados em Brasília no último dia oito de janeiro. Ex-comandante da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam), Benito Franco se candidatou ao cargo de Deputado Federal no ano passado, teve 10.343 votos e não foi eleito.
Este ano, o coronel ainda não comandou nenhuma unidade em Goiás, já que está de licença. A prisão de Benito Franco foi feita por militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que também conduziram o detido à sede da Polícia Federal, em Goiânia.
Benito também teve pagamentos e valores em contas bancárias bloqueados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A PM-GO ainda não se pronunciou sobre a prisão do militar.
Relembre
O coronel ficou famoso, em dezembro de 2022, após dizer que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tomaria posse. No post, ele falava, também, sobre as 48 seções eleitorais em territórios indígenas, onde Jair Bolsonaro (PL) não teve nenhum voto.
Na ocasião, ele disse que o silêncio do então presidente Jair Bolsonaro, nutrido desde a derrota na eleição de outubro, fazia “parte de algo maior”. Além disso, dizia que há uma “guerra de informação no país”. Logo depois, com a má repercussão das falas, ele voltou atrás e disse que Lula é “democraticamente e reconhecidamente o presidente do Brasil eleito em 2022”.
Vídeo com teor antidemocrático
A Polícia Militar de Goiás (PM) chegou a abrir procedimento administrativo para apurar “as circunstâncias” de um vídeo com teor golpista publicado pelo coronel Benito Franco nas redes sociais.
Em junho do ano passado, o coronel anunciou o seu primeiro passo para ingressar na carreira política: sua candidatura a deputado federal pelo PL, partido de Jair Bolsonaro – a quem ele apoia. Mesmo após perder a disputa, ele se manteve ativo nas redes sociais. Entre as pautas estavam seu apoio fiel ao ex presidente e questionamentos sobre a vitória de Lula.