ELEIÇÕES

Cotado para vice de Bolsonaro, Braga Netto deixa governo

General da reserva é cotado a candidato a vice-presidente do mandatário

Braga Netto, que escapou da inelegibilidade, diz que Bolsonaro sempre lutou pela liberdade (Foto: Presidência da República)

O governo exonerou nesta sexta-feira (1º) o general da reserva Walter Braga Netto (PL) do cargo de assessor especial que ocupava na Presidência da República para que o militar se dedique integralmente ao projeto de reeleição de Jair Bolsonaro (PL), de quem deve ser candidato a vice-presidente.

Segundo aliados, Braga Netto coordenará a campanha ao lado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

No lugar de Braga Netto entrará José Vicente Santini, amigo da família Bolsonaro. Santini foi demitido do cargo de secretário-executivo da Casa Civil em janeiro de 2020 após usar um jato da FAB (Força Aérea Brasileira).

Ele usou a aeronave com apenas três passageiros para voar da Suíça, onde participava do Fórum Econômico Mundial, para a Índia, onde Bolsonaro cumpria agenda oficial.

Na ocasião, Bolsonaro chamou de inadmissível e imoral o uso do voo oficial. A pasta era comandada por Onyx Lorenzoni à época.

Depois, em agosto de 2021, ele foi nomeado secretário nacional de Justiça do MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública).

Além de Braga Netto, o governo também exonerou os assessores especiais de Bolsonaro Tércio Arnaud, integrante do chamado gabinete do ódio, pré-candidato a suplente de senador na Paraíba.

Ainda foram demitidos a pedido Max Guilherme Machado de Moura (PL-RJ), e Mosart Aragão Pereira (PL-SP), assessores especiais da Presidência, que são pré-candidatos a deputados federal.

A lei eleitoral determina que funcionários da administração federal pública precisam ser desligados até três meses das eleições, marcadas para 2 de outubro.

No último domingo (26), Bolsonaro afirmou que oficializaria Braga Netto como seu candidato a vice nas eleições. “Pretendo anunciar nos próximos dias”, afirmou.

O presidente disse que outros “excelentes nomes” foram cotados para ocupar o posto, como a deputada e ex-ministra Tereza Cristina (PP), mas disse que ela não será a escolhida.

O anúncio contrariou integrantes do centrão, que defendiam o nome da ex-ministra da Agricultura para disputar na chapa ao lado de Bolsonaro.