CPI da Covid forçou governo a enfrentar a pandemia, diz deputado
Segundo Otoni, o que o governo não fez em um ano, começou a fazer com uma semana de CPI
Na avaliação do deputado federal Rubens Otoni (PT), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, no Senado, já mostra frutos. “O papel mais importante da CPI é forçar o governo a tomar iniciativas para enfrentar a pandemia. Nesse sentido há surtiu efeito”, disse ao Mais Goiás.
Segundo ele, a comissão obrigou o governo a recuar do tratamento precoce e da Cloroquina, “que levou muitas pessoas à morte”. Além disso, ele enfatiza, fez quem com que a gestão federal buscasse alternativas de compra de vacina e também fabricação.
“Aquilo que o governo não fez em um ano de pandemia, mesmo com orientação da OMS, Bolsonaro é obrigado a fazer em apenas uma semana de CPI. Criou a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 para articular ações com Estados e municípios”, escreveu, também, nas redes sociais.
Para Otoni, o presidente Bolsonaro (sem partido) está cada vez fragilizado, “pois a população percebe os equívocos cometidos e as omissões no combate à Covid-19”.
CPI
Instalada na última semana, a CPI da Covid (também chamada de CPI da Pandemia) começou as oitivas de testemunhas na última semana. A comissão já ouviu os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e o atual titular, Marcelo Queiroga.
O ex-ministro Eduardo Pazuello já era para ter sido ouvido. Contudo, ele alegou contato com servidores com Covid, e a CPI adiou o depoimento dele. O presidente da da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, falou nesta terça (11).
Na formação, o senador Osmar Azis é o presidente; Randolfe Rodrigues o vice; e Renan Calheiros o relator.