CPI da Enel é instaurada na Assembleia Legislativa de Goiás
Parlamentares querem entender o porquê de suposta piora do serviço prestado, o que tem gerado centenas de reclamações dos usuários
Foi instaurada na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) nesta quinta-feira (28) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar questões referentes à empresa privada Enel. Parlamentares querem entender o porquê de suposta piora do serviço prestado, o que tem gerado centenas de reclamações dos usuários goianos em todas as regiões.
Os deputados Henrique Arantes (PTB) e Alysson Lima (PRB), propositores da investigação, serão dois dos cinco membros titulares da CPI, que aceitará também outros cinco suplentes. Os líderes das bancadas terão até a próxima quinta-feira (7) para indicar os demais nomes.
Na discussão de matérias, o deputado Henrique Arantes disse ser fundamental a convocação de “algum diretor de obras e investimentos da companhia para explicar o que foi feito de investimentos.” Ele ressaltou, também, que deseja criar um canal aberto com a sociedade para que a população possa fazer denúncias, críticas e sugestões. “Isso servirá para que nós, durante o inquérito, façamos as recomendações à empresa.” Segundo ele, as pessoas poderão participar, ainda que de forma anônima: “Assim teremos subsídios para poder investigar a Enel”.
O petebista disse que durante a passagem de diretores da Enel no Legislativo, na segunda-feira (25), eles não mencionaram a criação da CPI durante a conversa. “Eles sequer citaram essa palavra. Eles foram muito republicanos nesse ponto”, disse o deputado, reforçando que se isso ocorresse a reposta seria dura.
O parlamentar reforçou que os dirigentes da Companhia trouxeram fotos que atestariam investimentos realizados no Estado desde que assumiram a gestão [do fornecimento de energia] e também falaram sobre a eventual melhoria do serviço ao longo desse período. Em aparte, concedido ao deputado Amauri Ribeiro (PRP), o parlamentar considerou que os dados são “adulterados” pela Enel. Ribeiro manifestou o desejo, se possível, de fazer parte da CPI que conduzirá as investigações.