Brasília
CPI do MST: porque Caiado deixou o PT e Psol à beira de um ataque de nervos
Participação do governador na comissão é encerrada com bate-boca
O governador Ronaldo Caiado deixou deputados federais do PT e Psol em modo descontrole total durante audiência pública da CPI do MST, realizada nesta quarta-feira (31), na Câmara dos Deputados. O motivo da reação fora dos padrões do regimento da Casa foi o chefe do executivo goiano ter questionado de forma cirúrgica e contundente pontos nevrálgicos do movimento que leva os defensores a ficar em saia justa.
Vamos aos pontos:
- Defesa da tipificação criminal de algumas condutas do MST;
- Sugestão para investigar a origem dos recursos que financiam o movimento dos sem terra;
- Sugestão de exclusão dos programas de reforma agrária de quem acampar às margens de estradas e rodovias, por exemplo, assim como o de receber benefícios de políticas sociais do governo;
- Afirmação de que o MST não tem estatuto, nem identidade, portanto “não pode ser considerado entidade, é clandestino”;
- Afirmação de que o dinheiro que financia o movimento poderia vir do narcotráfico;
- Defesa da regularização fundiária dos assentados como forma de livrá-los do movimento. “A titulação é a carta de alforria dos assentados”, afirmou.
Sem argumentos e respostas a esses pontos, restou aos representantes do PT e Psol partirem para tumultuar a sessão, o que acabaram conseguindo.