GOIÁS

Cristiane Schmidt assina carta que pede ações da União para conter pandemia

Titular Secretaria de Estado da Economia compõe grupo de mais de 500 economistas de todo o país que se uniram para pedir vacinação e medidas de distanciamento social

Secretária de Economia, Schmidt é cotada para ministério de Lula (Foto: divulgação/Governo de Goiás)

A Secretária de Estado da Economia, Cristiane Schmidt, assinou carta aberta que será enviada ao chefe dos Três Poderes com alerta sobre agravamento da pandemia no Brasil. Mais de 500 economistas – incluindo Armínio Fraga, Pedro Malan, Ilan Goldfajn e Afonso Celso Pastore – solicitam que o governo federal aplique políticas públicas baseadas em evidências científicas. O documento também reivindica que a União aja para amparar pequenos e médios empresários diante da crise econômica.

O documento “O País exige respeito; a vida necessita da ciência e do bom governo” aponta que o país é hoje o epicentro mundial da pandemia e cobra vacinação e distanciamento social para combater à Covid-19.

“Esta recessão, assim como suas consequências nefastas, foi causada pela pandemia e não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal”, diz a carta.

Amparo econômico

Além de cobrarem por vacinação, que está atrasada no país, os economistas ainda reforçam a necessidade de medidas de auxílio a pequenos e médios empresários e cobram por uma reforma no sistema de proteção social. Um dos exemplos citados é do próprio auxílio emergencial, que deve ser pago a partir de abril para 45,6 milhões de famílias, com valores entre R$ 150 e R$ 375.

“Vacinas têm um benefício privado e social elevado, e um custo total comparativamente baixo. Poderíamos estar em melhor situação, o Brasil tem infraestrutura para isso. Em 1992, conseguimos vacinar 48 milhões de crianças contra o sarampo em apenas um mês. Na campanha contra a Covid-19, se estivéssemos vacinando tão rápido quanto a Turquia, teríamos alcançado uma proporção da população duas vezes maior, e se tanto quanto o Chile, dez vezes maior”, escrevem os economistas.

“A falta de vacinas é o principal gargalo. Impressiona a negligência com as aquisições, dado que, desde o início da pandemia, foram desembolsados R$ 528,3 bilhões em medidas de combate à pandemia, incluindo os custos adicionais de saúde e gastos para mitigação da deteriorada situação econômica”, ressaltam os economistas.

Leia o documento na íntegra:

Carta Aberta – Medidas de Combate à Pandemia (com assinaturas)