Cristiane Schmidt vai à CPI dos Incentivos para checagem de dados de empresários
Segundo vice-presidente do colegiado, esta não será a última oitiva da Comissão, que pode encerrar os trabalhos ainda este mês
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incentivos Fiscais recebe, nesta segunda-feira (9), a secretária de Economia, Cristiane Schmidt. O encontro ocorre a partir das 15h, no auditório Solon Amaral com o objetivo de “ouvir o Estado e avaliar os dados apresentados pelos empresários”, diz o parlamentar Vinícius Cirqueira (Pros).
Segundo o deputado, que é também vice-presidente da comissão, a titular da pasta de Economia não deve ser a última a participar de oitivas. “Terá outros encontros“, diz sem adiantar os próximos convidados. Ainda sobre Schmidt ele reforça que é “uma acareação de dados e dúvidas que passaram pela CPI”.
Além da secretária, estão previstas as participações de: Maria Carneiro Correia Silva, assessora tributária da secretaria de Economia; Renata Lacerda Noleto, superintendente de política tributária de Goiás; e Albirlan Borges Vitoi, subsecretário da Receita Estadual de Goiás.
Último encontro
O último encontro da CPI da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aconteceu na segunda-feira passada (2). Na ocasião, o colegiado recebeu José Alves Filho, presidente da Refresco Bandeirantes.
Naquela data, o empresário afirmou que a CPI prejudicava a imagem dos empresários e a economia de Goiás. Segundo ele, donos de empresas de outros Estados têm criticado o resultado do trabalho do colegiado, pois estaria gerando insegurança jurídica.
Para ele, “a maneira como a CPI tem se manifestado na imprensa tem causado uma imagem muito negativa da relação entre os empresários e o governo, representado pela Assembleia Legislativa. Indústrias farmacêuticas decidiram não investir mais em Goiás e estão indo para Minas Gerais. Nosso Estado nunca foi o que mais oferece incentivos fiscais no Centro Oeste. O Mato Grosso oferece muito mais”.
CPI dos Incentivos
A comissão, iniciada em março deste ano, investiga os benefícios fiscais e créditos outorgados concedidos às empresas no Estado. Presidido por Álvaro Guimarães (DEM), o colegiado foi idealizado pelo relator, Humberto Aidar (MDB).
Recentemente, Álvaro fez questão de ressaltar, ao rebater críticas de entidades industriais à comissão, que o argumento de que a investigação pode afugentar investimentos e comprometer a segurança jurídica no Estado não procede. Ele disse que a CPI vai proteger empresas conhecidas por boas práticas em prestação de serviços. Para o parlamentar, segundo o qual a comissão pode terminar ainda este mês, a alegação “é conversa para boi dormir”.