ELEIÇÕES

Críticas a Caiado e discussão entre esquerda e direita marcam debate no Mais Goiás

Debate promovido pelo Mais Goiás reuniu cinco dos seis candidatos a governador mais bem posicionados nas pesquisas

Candidatos a governador reunidos para debate promovido pelo Mais Goiás (Fotos: Jucimar de Sousa e Jackson Rodrigues)

Cinco dos seis candidatos a governador mais bem posicionados nas pesquisas participaram, na tarde desta sexta-feira (23), de um debate promovido pelo Mais Goiás. O estúdio foi ocupado por Cíntia Dias (PSol), Edigar Diniz (Novo) Gustavo Mendanha (Patriota), Major Vitor Hugo (PL) e Wolmir Amado (PT). Nos principais momentos deste confronto, sobraram críticas a Ronaldo Caiado (que não quis participar) e houve trocas de farpas entre candidatos de direita e de esquerda.

O debate começou às 13h45 e foi dividido em cinco blocos. Todos os participaram atacaram o atual governo em pelo menos um momento da transmissão. Mendanha, por exemplo, chamou Caiado de “fujão” e o condenou por não cumprir a data-base para servidores da Educação. Afirmou também que o governador foi omisso em sua tarefa de realizar obras de infraestrutura. Como contraponto, disse que asfaltará 595 km de rodovias e recuperará outros 1,4 mil km que estão em situação precária.

Cíntia Dias (PSol) no debate entre candidatos promovido pelo Mais Goiás (Fotos: Jucimar de Sousa e Jackson Rodrigues)
Cíntia Dias (PSol) no debate entre candidatos promovido pelo Mais Goiás (Fotos: Jucimar de Sousa e Jackson Rodrigues)

Vitor Hugo acusou o governador de não ter pulso firme no combate à corrupção. “O governador foi extremamente leniente na corrupção no âmbito da Saúde, abafou a CPI da Saúde (que poderia ter beneficiado ele próprio), e essa não foi uma das principais pautas dele”. Disse também que a ausência de Caiado no debate era “desrespeitosa” com os goianos e que o atual chefe do poder Executivo falhou na gestão do transporte coletivo no entorno do DF e na região metropolitana de Goiânia.

Wolmir manifestou “preocupação” pelo fato de o atual governo ter costurado um acordo “da noite para o dia” com a Equatorial, concessionária que substituirá a Enel na distribuição de energia em Goiás. “O problema que se instalou decorre dos últimos cinco anos, em que a responsabilidade pela supervisão era do Estado. Deixou-se chegar a esse momento”.

Edigar Diniz (Novo) no debate entre candidatos promovido pelo Mais Goiás (Fotos: Jucimar de Sousa e Jackson Rodrigues)
Edigar Diniz (Novo) no debate entre candidatos promovido pelo Mais Goiás (Fotos: Jucimar de Sousa e Jackson Rodrigues)

Edigar Diniz criticou o governo Caiado pela forma com que administrou a Metrobus, empresa responsável por gerenciar o Eixo Anhanguera. Caiado foi ineficiente, na visão dele. Cíntia Dias, por sua vez, denunciou a omissão do Estado na elaboração de políticas públicas para defender mulheres e minorias dos casos de violência e dos assasinatos.

Debate entre esquerda e direita

Outro ponto marcante do debate promovido pelo Mais Goiás foi a troca de farpas entre os candidatos de direita (Major Vitor Hugo e Edigar Diniz) com os de esquerda (Wolmir Amado e Cintia Dias). Em que pese o fato de ter sido provocado a tomar lado nesse confronto, Mendanha preferiu uma posição mais branda.

Gustavo Mendanha (Patriota) no debate entre candidatos promovido pelo Mais Goiás (Fotos: Jucimar de Sousa e Jackson Rodrigues)
Gustavo Mendanha (Patriota) no debate entre candidatos promovido pelo Mais Goiás (Fotos: Jucimar de Sousa e Jackson Rodrigues)
Major Vitor Hugo (PL) no debate entre candidatos promovido pelo Mais Goiás (Fotos: Jucimar de Sousa e Jackson Rodrigues)
Major Vitor Hugo (PL) no debate entre candidatos promovido pelo Mais Goiás (Fotos: Jucimar de Sousa e Jackson Rodrigues)

“São críticas que eu esperava ver sair da boca do governador Ronado Caiado e do Gustavo Mendanha”, disse Vitor Hugo no terceiro bloco. “Eles não fazem nenhuma crítica à esquerda. Não é suficiente vir para direita. É preciso criticar a esquerda, porque estamos em uma luta espiritual do bem contra o mal. Se a esquerda voltar, eles vão quebrar o Brasil pela ineficiência e corrupção. Vão acabar com as nossas famílias e com agronegócio”.

Em outro momento, Wolmir ironizou o candidato do PL e disse que ele precisa ser mais “respeitoso” com a história. “Fazer o que o governo Bolsonaro fez, ao decretar cem anos de sigilo sobre documentos? Há risco de ele sair do governo, o sigilo ser quebrado, e o presidente ir para cadeia”. Cíntia criticou Diniz por ser defensor das privatizações e afirmou que Vitor Hugo não valoriza as pautas do público LGBTQIAP+.

Wolmir Amado (PT) no debate entre candidatos promovido pelo Mais Goiás (Fotos: Jucimar de Sousa e Jackson Rodrigues)
Wolmir Amado (PT) no debate entre candidatos promovido pelo Mais Goiás (Fotos: Jucimar de Sousa e Jackson Rodrigues)

Assista ao debate na íntegra: