Em levantamento feito entre a terça (19) e a quarta-feira (20), 29% dos entrevistados disseram que não há nenhuma importância no nome a vice no pleito presidencial, e 25% consideram a questão com “um pouco de importância”.
Consideram o vice uma questão de “muita importância” na eleição 43% dos eleitores entrevistados, e 3% não souberam responder.
Os vices ganharam um peso maior na eleição deste ano por dois fatores. Primeiro, o PT inicialmente escolheu Fernando Haddad para essa função em sua chapa, antes de o ex-presidente Lula ter o registro de sua candidatura avaliado na Justiça Eleitoral. Com Lula preso em Curitiba, Haddad atuou em agendas de campanha em nome do ex-presidente. No último dia 11, Haddad foi colocado pelo partido como cabeça da chapa.
Outro vice ganhou importância na corrida eleitoral: Hamilton Mourão (PRTB), general da reserva, passou a ser um representante de Jair Bolsonaro (PSL) em atividades da campanha, já que o presidenciável está hospitalizado desde que foi esfaqueado, há duas semanas.
Além disso, o PT costuma ser criticado na campanha por ter escolhido para vice em 2014 Michel Temer (MDB), que assumiu a Presidência com o impeachment de Dilma Rousseff em 2016.
A pesquisa Datafolha ouviu 8.601 eleitores em 323 municípios brasileiros, nos dias 18 e 19 de setembro de 2018. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-06919/2018. Os contratantes da pesquisa são a Folha de S. Paulo e a TV Globo.