São Paulo

Datena associa Marçal a crime cometido em Goiás; entenda

O apresentador José Luiz Datena, candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, deu entrevista…

Candidato a prefeito José Luiz Datena (Foto: Reprodução)

O apresentador José Luiz Datena, candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, deu entrevista na terça-feira (27) em que mais uma vez associou o ex-coach Pablo Marçal, também candidato, a crimes virtuais em Goiás no passado.

“O cara, que ficou bilionário dentro do serviço dele, ele que aproveite o dinheiro dele da forma que ele quer, melhor do que ele aproveitava quando ele roubava, lá em Goiás, dados da internet pra passar pra quadrilha. Só teve a pena comutada antes com progressão de pena porque tinha menos de 21 anos”.

Marçal foi condenado a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado pela Justiça Federal de Goiás em 2010. Apesar da condenação, ele não cumpriu pena, uma vez que sua punição foi declarada prescrita por ter ultrapassado o prazo.

A ação começou em 2005, quando Marçal tinha 18 anos. Com outros suspeitos, ele foi réu em um processo que acusou supostos criminosos que desviaram dinheiro de contas de bancos, como Caixa e Banco do Brasil. Procurado pelo pelo jornal O Globo, o candidato não respondeu.

O grupo foi acusado, de acordo com o processo, de criar sites falsos dos bancos públicos para desviar dinheiro de correntistas. Segundo a ação, o grupo enviava cobranças por inadimplência para as vítimas, que informavam seus dados pessoais. O grupo então subtraía os dados. As instituições financeiras restituíram os correntistas e arcaram com os prejuízos.

O grupo foi condenado em maio de 2010. A defesa entrou com recurso, analisado em segunda instância em 2018. Dessa forma, o prazo foi considerado prescrito.

Em julho do ano passado, Marçal também foi alvo de uma operação da Polícia Federal. Ele é investigado por crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de dinheiro durante as eleições do ano anterior.

Reclamação de Datena
Em conversa com veículos de comunicação, Datena argumentava que considera injusto ele ter sido obrigado a se afastar do serviço dele, em nome da isonomia na disputa eleitoral, enquanto Pablo Marçal tenta continuar a usar a plataforma na qual ele exerce o ofício profissional dele, a internet.

“Tenho que deixar meu trabalho, que é comunicação. Por que o Pablo Marçal, que também trabalha com comunicação na internet, e diz que virou o Donald Trump, ganhou bilhões com o trabalho dele, pode continuar?”, questionou o apresentador, que se afastou da TV Bandeirantes no fim de junho — a lei eleitoral exige que candidatos não podem apresentar programas em rádio e televisão nos quatro meses que antecedem as eleições.

“O cara [Marçal] leva vantagem. Você deixa de fazer seu programa. E jamais usaria para fazer política na campanha”, disse Datena, durante visita ao Hospital São Paulo, na Vila Clementino.