Temporários

Decreto que mantém temporários na prefeitura pode ser votado nesta semana

Decreto Legislativo que suspende Decreto do prefeito Iris Rezende será analisado pela CCJ

Câmara de Goiânia retoma sessão com bate-bocas e acusações - Foto: reprodução

A Câmara Municipal de Goiânia deve discutir nesta semana um projeto de decreto legislativo que visa a manutenção de cerca de 3 mil contratos temporários da Prefeitura Goiânia. Os contratos foram suspensos, como medida de cortes de gastos como resultado do enfraquecimento da atividade econômica durante a pandemia do novo coronavírus.

O decreto legislativo deverá ser analisado logo após o feriado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e caso seja aprovado será encaminhado para o plenário da Câmara.

A suspensão dos contratos temporários foi o principal assunto debatido pelos vereadores na última semana. Especialista consultado pelo Mais Goiás afirmou que a medida tomada pelo Executivo é inconstitucional.

Segundo a prefeitura, somente com os contratos temporários, o impacto mensal é de cerca de R$ 9 milhões. Mesmo com esta medida, somado com a revisão de contratos da prefeitura com fornecedores, a expectativa é de um déficit mensal que pode chegar a R$ 15 milhões durante o período de crise.

O decreto legislativo foi protocolado pelas vereadoras Sabrina Garcez e Priscila Tejota, ambas do PSD e Tatiana Lemos do PCdoB. Uma série de medidas foi proposta pelos vereadores para que o temporários possam ser mantidos.

Sargento Novandir propôs o corte de metade dos salários dos vereadores para ajudar a cobrir os gastos. Outros parlamentares, entre eles, Andrey Azeredo (MDB) sugeriram o uso da economia do duodécimo da Câmara para cobrir o salário dos temporários durante o período de crise.

A prefeitura espera retomar os contratos, mas ainda não há previsão concreta para que isso ocorra. O líder do prefeito na Câmara, Welington Peixoto (DEM), espera que haja diálogo para avançar na questão. Mas durante a última sessão na Câmara, argumentou que a prefeitura foi orientada pela Procuradoria e que a medida foi necessária, em virtude da situação financeira.

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás (Sintego), entrou com ação judicial para revogar o decreto do prefeito Iris Rezende (MDB). O Ministério Público de Goiás (MP-GO) se posicionou favorável a posição do Sintego. A justiça deve se manifestar nesta semana sobre o assunto.

Na última semana, temporários fizeram protesto, saindo da Praça Cívica e tinha objetivo de chegar ao Paço Municipal para fazer um “buzinaço”, mas foram impedidos pela Polícia Militar.

O assunto ainda esquentou o debate entre pré-candidatos a prefeito de Goiânia, que criticaram duramente a administração municipal.