Defesa de Bruno Pena vê “criminalização do exercício da advocacia” em ação contra advogado
Advogado foi um dos alvos da Operação Fundo do Poço, que mirou irregularidades no Pros, partido que advogou em 2022
O pedido de prisão contra o advogado Bruno Pena, apresentado nesta quarta-feira (12), durante a Operação Fundo do Poço da Polícia Federal, foi repudiado pela defesa do profissional. Em nota, os advogados Guilherme Augusto Mota Alves, Karoline Pena, Julio Meirelles e Danilo Vasconcelos afirmaram que a ação representa uma “tentativa de criminalização do exercício da advocacia”.
“A defesa do advogado Bruno Aurélio Rodrigues da Silva Pena manifesta repúdio à tentativa de criminalização do exercício da advocacia, materializada na denominada Operação Fundo do Poço”, destaca a nota. Além dele, outros sete integrantes da direção do antigo Pros, incluindo o presidente do Solidariedade, Euripedes Júnior, foram alvos de busca e apreensão. Júnior, inclusive, tem um mandado de prisão registrado em seu nome.
“Atos como esse representam não apenas um ataque aos direitos individuais do advogado, mas também uma ameaça ao livre exercício da advocacia, essencial para a manutenção da justiça e da equidade”, pontua a banca de defesa. De acordo com apuração feita pelo Mais Goiás, a Polícia Federal (PF) alega valores superfaturados em valores cobrados por Bruno junto ao Pros.
Pena está na superintendência da PF, em Curitiba, onde tenta com sua defesa a derrubada do mandado de prisão. O advogado estava na capital paranaense cumprindo compromissos de trabalho. Os defensores não entraram em detalhes sobre o pedido de prisão, mas disseram que a “verdade prevalecerá”.
“Estão sendo adotadas todas as providências cabíveis para a elucidação dos fatos e para garantir que a verdade prevaleça. Confiamos que, ao final do processo, restará inequivocamente comprovada a legalidade e a probidade da conduta do Dr. Bruno Pena”, salientou.
Leia a nota da defesa na íntegra:
A defesa do advogado Bruno Aurélio Rodrigues da Silva Pena manifesta repúdio à tentativa de criminalização do exercício da advocacia, materializada na denominada Operação Fundo do Poço. Atos como esse representam não apenas um ataque aos direitos individuais do advogado, mas também uma ameaça ao livre exercício da advocacia, essencial para a manutenção da justiça e da equidade.
Reiteramos que, como advogado regularmente inscrito e atuante, o Dr. Bruno Pena sempre pautou sua conduta estritamente dentro dos limites estabelecidos pelo ordenamento jurídico brasileiro. Sua atuação profissional, específica e irrestrita no âmbito da advocacia, reflete o exercício legítimo e essencial de sua profissão.
Importante frisar que a conduta de um advogado não pode, sob nenhuma circunstância, ser confundida com a dos seus constituintes. A defesa técnica é pilar fundamental do estado democrático de direito e não deve ser vista como conivência ou participação nos atos investigados.
Estão sendo adotadas todas as providências cabíveis para a elucidação dos fatos e para garantir que a verdade prevaleça. Confiamos que, ao final do processo, restará inequivocamente comprovada a legalidade e a probidade da conduta do Dr. Bruno Pena.
GUILHERME AUGUSTO MOTA ALVES
KAROLINE PENA
JULIO MEIRELLES
DANILO VASCONCELOS