Defesa de Professor Alcides alega homofobia e perseguição política
De acordo com o advogado, a intenção seria manchar a reputação do deputado e promover uma tentativa de extorsão
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A defesa do deputado federal Professor Alcides Ribeiro se manifestou nesta segunda-feira (28) sobre as recentes acusações envolvendo o parlamentar. Pedro Paulo de Medeiros, advogado que representa o empresário que foi candidato derrotado na disputa pela Prefeitura de Aparecida nas eleições em 2024, classificou as denúncias como “absolutamente falsas, criminosas” e motivadas por uma combinação de perseguição política e homofobia.
A declaração ocorre após um portal de notícias publicar uma reportagem que menciona um suposto vídeo em que professor Alcides estaria envolvido com um menor de idade. Em nota oficial, o advogado sustentou que as acusações são baseadas em “mentiras e distorções”, apontando que as imagens divulgadas seriam montagens produzidas com o auxílio de inteligência artificial.
De acordo com Medeiros, a intenção seria manchar a reputação do deputado e promover uma tentativa de extorsão. Ele afirmou ainda que todas as medidas legais estão sendo tomadas para responsabilizar os responsáveis pela disseminação do conteúdo.
“Perseguição política e homofobia”, avalia defesa do professor Alcides
Na defesa apresentada, Pedro Paulo de Medeiros reforçou o histórico do professor Alcides como educador e empresário, além de destacar sua trajetória como “humanista e liderança política importante”. Medeiros afirmou que o parlamentar é alvo de uma campanha de difamação que busca destruir sua honra com acusações que qualificou como “vil e criminosa”.
O advogado também afirmou que o caso traz à tona elementos de homofobia, indicando que a orientação sexual do deputado estaria sendo usada como munição para atacar sua imagem. “É indiscutivelmente uma perseguição política que, além de evidenciar um caso absurdo de homofobia, envolve clara tentativa de extorsão e um ataque à sua reputação”, pontuou.
Operação e tensão no PL
A declaração ocorre num contexto de sucessivos episódios envolvendo o deputado federal. Em dezembro, pelo menos três pessoas ligadas ao professor Alcides foram presas suspeitas de roubar e ameaçar um adolescente. A Polícia Civil de Goiás alegou que o objetivo dos suspeitos era apagar provas da relação entre o menor e o parlamentar.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos por agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia. Os três presos, haviam sido denunciados após invadirem armados a casa do adolescente para obrigá-lo a apagar imagens íntimas que ele havia trocado com o parlamentar pela internet. Alcides confirmou ao Mais Goiás que um dos presos não apenas era seu assessor, como também morava em sua residência.
Fontes próximas à direção do PL indicam que a operação e as acusações geraram incômodo dentro da cúpula do partido, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria manifestado preocupação com o impacto das investigações na imagem da legenda. Agora, Alcides estaria em busca de uma nova sigla para disputar a reeleição em 2026. Nesta segunda-feira (27), o Mais Goiás confirmou que Alcides teve de deixar o PL e busca um novo partido.