Eleições 2018

Demóstenes protocola reclamação no STF para voltar ao Senado

O objetivo do ex-senador é retomar o mandato na Casa e ter de volta a elegibilidade para poder disputar as eleições deste ano

A defesa de Demóstenes Torres (PTB) protocolou nesta quinta-feira (1º) uma Reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Senado Federal pela omissão na análise do pedido para reverter o processo de cassação, ocorrido em 2012. O objetivo do ex-senador é retomar o mandato na Casa e ter de volta a elegibilidade para poder disputar as eleições deste ano.

Os advogados do petebista entraram, em julho de 2017,  com petição no Senado para que Demóstenes tivesse o mandato de volta. Em dezembro houve nova tentativa, desta vez estabelecendo 28 de fevereiro de 2018 como prazo final para o Senado. Como não houve apreciação na Casa, a defesa recorre agora ao Supremo.

Demóstenes Torres foi denunciado por crimes de corrupção passiva e advocacia privilegiada no âmbito das investigações das Operações Vegas e Monte Carlo em 2012. Na denúncia, o Ministério Público de Goiás (MPGO) acusou o senador de ter recebido vantagens indevidas para favorecer o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Na época, Demóstenes foi cassado no Senado Federal, ficou inelegível até 2027, e também perdeu o direito de exercer seu cargo na Procuradoria do Estado.

Em 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou validades das provas obtidas em interceptações telefônicas, consideradas ilícitas. Em junho do ano passado, o Tribunal de Justiça de Goiás definiu pelo arquivamento do processo contra o ex-senador. Em setembro, Demóstenes voltou a assumir seu posto no MPGO.

Demóstenes concedeu entrevista ao Mais Goiás em janeiro e, na ocasião, reafirmou sua inocência e seu desejo de voltar ao Senado. “Eu ganhei várias e sucessivas vezes o direito de poder voltar ao ser comprovada a minha inocência. E se eu provei que sou decente, honrado e honesto, está na hora do eleitor avaliar a minha vida, o que eu fiz, e o que os outros fizeram também, né?! Deixa o eleitor decidir”, frisou o ex-senador.