Demóstenes Torres ganha abono e recebe salário de R$ 218 mil
Valor é referente ao mês de novembro, quando o ex-senador acumulou uma remuneração natalina e um abono de permanência em seu vencimento
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) pagou, em novembro de 2017, um salário bruto de R$ 218.547,17 a Demóstenes Torres (PTB-GO), que atua no órgão como procurador de Justiça. As informações são da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.
Como procurador de Justiça, Demóstenes tem um salário mensal de cerca de R$ 30 mil. Mas, em novembro do ano passado, o ex-senador acumulou uma remuneração natalina, de R$ 15 mil, e um abono de permanência, no valor de R$ 172 mil.
O abono de permanência é a soma de todas as contribuições previdenciárias feitas por Demóstenes desde agosto de 2014, quando ele teria o direito de entrar com pedido de aposentadoria. O valor foi solicitado por ele à Justiça em outubro de 2017.
Ao blog do Altair Tavares, Demóstenes explicou que teve descontos nos salários de cerca de R$ 4,5 mil desde 2004. Foram 45 parcelas descontadas de forma incorreta e que foram devolvidas numa única parcela.
Em 2012, Demóstenes Torres foi denunciado por crimes de corrupção passiva e advocacia privilegiada no âmbito das investigações das Operações Vegas e Monte Carlo, e acabou sendo afastado do cargo de procurador no MP-GO. Quatro anos depois, em 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a validade das provas obtidas em interceptações telefônicas e, em junho do ano passado, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) definiu pelo arquivamento do processo contra o ex-senador. Em setembro, Demóstenes voltou a assumir seu posto no MPGO.
Demóstenes também protocolou pedido de anulação do processo de cassação dele, feito em 2012. Se tudo der certo para o procurador, ele pode voltar ainda neste ano à sua antiga cadeira no Senado Federal. Em entrevista ao Mais Goiás, ele também garantiu que pretende disputar as eleições deste ano.