Depois de hiato, CPI dos Incentivos retorna com duas oitivas
Colegiado vai ouvir depoimentos de Carlos Alberto de Oliveira Andrade, presidente da Caoa, e Ailton Coimbra Bonfim, presidente da empresa Mitsubishi
Depois de um hiato de três semanas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incentivos Fiscais da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) retorna com duas oitivas. Nesta segunda-feira (4), estão previstos os depoimentos de Carlos Alberto de Oliveira Andrade, presidente da Caoa, e Ailton Coimbra Bonfim, vice-presidente da empresa Mitsubishi.
Durante esse tempo, o colegiado, presidido pelo deputado Álvaro Guimarães (DEM), aproveitou para analisar os documentos enviados pelas empresas. Ainda não há novas convocações, além das de segunda-feira, mas podem ocorrer.
“Podemos marcar mais, fazer mais encontros por semana. E quando terminarmos [as oitivas], já estaremos a meio caminho andado”, declarou Álvaro, recentemente ao Mais Goiás.
JBS
No último dia 14 estava prevista a participação de Wesley Batista Filho na comissão. Porém o empresário da JBS conseguiu uma liminar do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) para não participar e enviou diretores em seu lugar.
No momento, a procuradoria da Alego tenta reverter a liminar para que o empresário possa ser convocado. Inclusive, sobre essa ausência com anuência da Justiça, o relator da CPI, Humberto Aidar (MDB), chegou a dizer que era um precedente ruim.
“É com tristeza que recebemos essa liminar concedida ao senhor Wesley. Nosso medo é que outros usem do mesmo precedente.”
CPI dos Incentivos Fiscais
A comissão, iniciada em março deste ano, investiga os benefícios fiscais e créditos outorgados concedidos às empresas no Estado. Presidido por Álvaro Guimarães, o colegiado foi idealizado por Humberto Aidar.
No fim do semestre legislativo passado, a CPI foi prorrogada em mais 90 dias. Ao todo, foram enviados, aos 100 CNPJs que mais receberam os benefícios, notificações para prestação de contas acerca dos incentivos e contrapartidas. Aqueles que não o fizerem estarão sob suspeita e podem ser chamados à comissão.
A reunião desta segunda-feira é a 14ª do colegiado. O último encontro foi no dia 15 de outubro, mas não houve oitiva pela ausência de Wesley Batista Filho. Ele, vale destacar, assumiu a presidência da JBS após a prisão de Wesley Batista, seu pai.
À época, o grupo disse ao Mais Goiás, por meio de nota, que esteve na reunião por meio de executivos que “detêm o conhecimento técnico para prestar os esclarecimentos solicitados. Porém, estes não foram aceitos pela Comissão.” A CPI faz questão de ouvir Wesley.
Confira o que aconteceu na CPI deste dia 4/11:
https://www.emaisgoias.com.br/presidente-da-caoa-apresenta-atestado-e-nao-comparece-a-cpi-dos-incentivos/
https://www.emaisgoias.com.br/representante-da-hpe-mitsubishi-fala-em-carga-tributaria-de-198-mas-cpi-aponta-028/