JUSTIÇA

Depois de se entregar, Zé Trovão pede a Alexandre de Moraes para ser solto

Líder caminhoneiro que ficou quase dois meses foragido no México participou de audiência de custódia nesta quarta-feira

STF forma maioria para manter Zé Trovão preso (Foto: Reprodução)

Em audiência de custódia que aconteceu nesta quarta (27), o líder caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser colocado em liberdade. O pedido de habeas corpus já foi protocolado pela defesa, mas ainda não há decisão a respeito dele. O STF aguarda manifestação da Procuradoria-Geral da República.

A audiência foi conduzida pelo desembargador Airton Vieira, magistrado instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que foi quem determinou a prisão. Ela aconteceu por videoconferência. Zé Trovão apresentou-se à Polícia Federal ontem (terça-feira), depois de quase dois meses foragido do México. Ele foi preso por incitar a violência e atos antidemocráticos na véspera das manifestações de 7 de setembro.

Zé Trovão e os ataques que motivaram o mandado de prisão de Alexandre de Moraes

Zé Trovão era dono do canal no Youtube “Zé Trovão a voz das estradas”, que, antes de ser retirado do ar, tinha mais de 40 mil inscritos. Em seus vídeos e postagens, chamava a população para ir a Brasília e exigia a “exoneração dos 11 ministros do STF”. Em outras publicações, fez ataques à CPI da Covid, no Senado, além de ter participado de “motociatas” em favor do presidente Jair Bolsonaro.

No final de agosto, mesmo proibido de usar as redes sociais, Zé Trovão participou de uma live feita pelo blogueiro Oswaldo Eustáquio. À época, o caminhoneiro continuou incitando a realização de atos contra o Supremo.