ASSEMBLEIA

Deputado diz ter 15 assinaturas para abrir CPI de “interferências do governador”

Humberto Teófilo, que propõe a comissão, diz manter os nomes em sigilo para evitar pressão

Humberto Teófilo também deve disputar a vaga da deputado federal (Foto: Assembleia Legislativa de Goiás)

O deputado estadual Humberto Teófilo (PSL) busca, desde segunda (15), assinaturas para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) batizada de “Interferências” na Assembleia Legislativa para tratar da atuação do governador Ronaldo Caiado (DEM). Até esta data, o parlamentar, que precisa de 14 nomes, diz ter conseguido 15 vistos.

“Queremos a CPI para investigar essas interferências do governador nas operações desencadeadas pela Polícia Civil em órgãos públicos, como aconteceu no Detran, Codego e na secretaria de Educação”, pontou.

Para ele, a saída do delegado Rômulo Figueiredo da Delegacia de Combate à Corrupção e do delegado Odair Soares do comando da Polícia Civil demonstram interferências e perseguições políticas por parte do gestor.

Questionado sobre os 15 nomes, ele diz que ainda não pode revelar para evitar pressões. Caso instaurada, a CPI será conduzida pelo poder Legislativo e irá investigar as supostas interferências mencionadas por Teófilo.

Líder do governo na Assembleia

Líder do governo de Ronaldo Caiado na Assembleia, o deputado estadual Bruno Peixoto (MDB) diz que Humberto está fazendo um desserviço com a tentativa de criar essa CPI. Segundo ele, o governador possui autonomia para trocar quem bem entender no momento que ele achar necessário e benéfico para a sociedade. “A sociedade deu essa prerrogativa a ele”, reforçou.

“Humberto está sendo injusto com a Polícia Civil e com a sociedade no momento de pandemia”, cita os casos usados como exemplo por Teófilo. “Tínhamos que buscar soluções. Unir para combatermos o avanço da Covid, para pressionar o governo federal, ampliarmos a geração de emprego, enfim, para buscar programas sociais para atender os menos favorecidos. Ele está indo na contramão dos anseios da população”, arremata.

Bruno Peixoto, líder do governo na Assembleia (Foto: Hellenn Reis)