TCU

Deputado goiano pede rapidez na auditoria do cartão corporativo de Bolsonaro

O deputado federal por Goiás, Elias Vaz (PSB), pediu agilidade do Tribunal de Contas da…

O deputado federal por Goiás, Elias Vaz (PSB), pediu agilidade do Tribunal de Contas da União (TCU) na conclusão da auditoria sobre os gastos do cartão corporativo de Bolsonaro (PL). Ele encaminhou petição ao novo relator do caso, ministro Antonio Anstasia, na noite de sexta-feira (4).

Vale lembrar, o TCU abriu uma investigação para apurar os gatos com o cartão do presidente após pedido do senador Fabiano Contarato (PT-ES). A corte vai verificar possíveis irregularidades, após o petista justificar que, nos últimos anos, houve um “aumento considerável”.

“A atual gestão vem utilizando os cartões corporativos de modo indiscriminado e com pouca responsabilidade fiscal, o que contrasta com a grave situação em que vivem as contas públicas do governo federal”, escreveu Contarato na demanda. Elias, por sua vez, disse que a sociedade já espera há muito tempo uma satisfação.

“Os gastos do cartão corporativo do Bolsonaro superam os de outros presidentes e estão altíssimos, batendo na casa de R$ 30 milhões com a correção da inflação. E o presidente mantém tudo em segredo, contrariando inclusive as críticas que fazia quando era deputado. Esperamos que o TCU apresente o resultado do trabalho de forma mais célere à população”, declarou o goiano, que também cobra acesso à auditoria.

“O processo não deveria correr sob sigilo, até porque já existe decisão do STF sobre a necessidade de transparência nos gastos da presidência com cartão corporativo. Só se justifica sigilo em caso de risco para a segurança do presidente, definitivamente não é o caso.”

Petição do deputado goiano

No pedido de celeridade ao TCU, Elias escreve “que o presidente Jair Bolsonaro tem um gasto médio mensal de R$ 1,5 milhão com seu cartão corporativo”.

E ainda: “Em 2021, o total com os cartões sigilosos foi de R$ 18.894.115,68. Desse total, R$ 11.161.394,84 foram com os gastos diretos da secretaria especial de Administração da Presidência, ou seja, 59,6% foram gastos direcionados diretamente para o Bolsonaro e sua família, tendo em vista que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) também têm cartões sigilosos próprios.”

Por esses motivos, o deputado “solicita que o processo seja apreciado com agilidade”. Por fim, o parlamentar também pede a liberação de cópia integral do processo. Confira a petição AQUI.

Bolsonaro e o cartão corporativo

Na quinta-feira (3), o presidente chegou a justificar os gastos durante passagem por Porto Velho (RO). “O meu gasto, como eu estou aqui hoje, tem despesa com cartão corporativo. Quando eu estive no Suriname, tem despesa. Eu viajo, diferentemente dos outros, que não tinham que viajar porque não tinham o que fazer. No meu cartão pessoal corporativo, o gasto é zero.”

No mesmo dia, Bolsonaro disse que traria mais explicações na live semanal. Na transmissão, contudo, ele ignorou o assunto. Na maior parte do tempo, atacou o PT e o ex-presidente Lula.