DEBATE

Deputado quer derrubar veto de projeto que prevê câmeras em hospitais de Goiás

Proposta de Cairo Salim prevê instalação de câmeras de monitoramento por vídeo em corredores, salas de atendimento de urgência e UTIs

Deputado quer derrubar veto de projeto que prevê câmeras em hospitais de Goiás (Foto: Carlos Costa - Assembleia Legislativa de Goiás)

Em Goiás, um projeto de lei prevê instalação de câmeras de monitoramento por vídeo em corredores, salas de atendimento de urgência e UTIs de hospitais públicos e privados em todo o Estado foi vetado pelo governador Ronador Caiado (União Brasil). O texto é do deputado estadual Cairo Salim (PSD).

Vale lembrar, na última segunda-feira (11) foi preso em flagrante o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, pelo estupro de uma paciente durante uma cesárea no Hospital da Mulher em São João do Meriti (RJ). O flagrante ocorreu por causa da divulgação de imagens captadas por enfermeiras, que estranharam o comportamento do médico durante as operações.

Por entender que o assunto aquece – ainda mais – o debate, Salim afirma que aguarda o retorno do das atividades legislativas para articular e derrubar do veto da governadoria na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Ele lembra que a proposta de câmeras em hospitais ocorreu por causa de Susy Nogueira, uma jovem de 21 anos que morreu em maio de 2019, após ser estuprada em um leito de UTI no Hospital Goiânia Leste.

Cairo lembra que ela estava intubada e não conseguia se comunicar. Imagens de câmeras de monitoramento, entretanto, mostraram o técnico de enfermagem Ildson Custódio Bastos abusando sexualmente da paciente. Inclusive, a matéria leva o nome dela. O veto foi em 23 de setembro de 2021, mas ele não foi analisado até o momento.

Anestesista preso

O anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso após ser filmado estuprando uma gestante durante o parto no último domingo (10). Ele chegou ao presídio Bangu 8, no Rio de Janeiro, e foi hostilizado por outros internos.

Ele estava na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, mas foi transferido na terça-feira (12) para o Complexo de Gericinó no Bangu 8, na Zona Oeste.

As investigações da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, que cuida do caso, trabalha com a hipótese do médico ter abusado de pelo menos seis mulheres da mesma maneira.