Deputados da base pedem retirada de servidores da Educação, Saúde e Segurança da PEC do Teto de Gastos
O voto em separado foi apresentado na reunião da CCJ realizada na tarde desta terça-feira (25) na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás
Seis deputados da base governista apresentaram voto em separado ao projeto nº 3548/17, que estabelece um teto de gastos para o Estado de Goiás nos próximos 10 anos. Virmondes Cruvinel (PPS), Henrique Arantes (PTB), Francisco Jr (PSD), Simeyzon Silveira (PSC), Lissauer Vieira (PSB) e Carlos Antonio (PSDB) pediram, durante a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), a retirada dos servidores da Educação, Saúde e Segurança da proposta.
Diante disso, o líder do governo, Francisco Oliveira (PSDB), pediu vistas do projeto para discutir as propostas de alteração com o secretário da Casa Civil, João Furtado de Mendonça Neto. De acordo com Oliveira, o objetivo é devolver o projeto amanhã (26) para a CCJ e também realizar a votação em plenário.
Questionado se uma crise na base teria criado uma “revolta” entre os deputados que pediram o voto em separado, o tucano afirmou que os colegas estão apenas defendendo categorias importantes no Estado. Para Henrique Arantes, se o pedido dos deputados governistas for vetado, a possibilidade de o grupo votar contra o projeto na CCJ e no plenário existe.
Líder da oposição, o deputado José Nelto (PMDB) afirmou que “o projeto não serve para o PMDB”. “Rejeitamos completamente o projeto. O governo de Goiás é responsável pela crise, então que ele pague pela crise. A base sabe o preço de aprovar um projeto como este”, afirmou o deputado.
Para Adriana Accorsi (PT), a mudança proposta pelos parlamentares da base governista precisa ser acatada. “É o que desejamos. A economia não pode ser feita em cima dos serviços públicos, pois vai penalizar as pessoas mais humildes. É preciso economizar em outras áreas, como publicidade, festas e viagens”, disse a petista.