Deputados goianos do PSL estão divididos após saída de Bolsonaro da legenda
É oficial. O presidente Jair Bolsonaro vai deixar o PSL. O anúncio foi feito nesta…
É oficial. O presidente Jair Bolsonaro vai deixar o PSL. O anúncio foi feito nesta terça-feira (12) por meio de redes sociais. Ele também disse que trabalharia pela criação de um novo partido: o Aliança pelo Brasil. Na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), os deputados da sigla estão divididos.
Paulo Trabalho (PSL) já anunciou que seguirá o presidente. “Fui eleito junto com o presidente, acredito no projeto dele e eu não quero e nem posso trair o meu eleitor. Então minha tendência é seguir o presidente no partido que ele estiver.”
O deputado diz, ainda, que não aceitaria estar em um partido que faz oposição ao presidente. Para ele, inclusive, a saída de Bolsonaro do PSL é uma grande perda, pois ele é o maior cabo eleitoral da legenda.
Questionado sobre as possíveis discussões entre PSL e DEM e uma identificação com o “centrão”, Paulo diz ser um deputado de posicionamento, da direita conservadora. Apesar disso, ele acredita que a sigla que o presidente Bolsonaro vai ter um alinhamento com o governo de Ronaldo Caiado (DEM).
Mais posicionamentos
O deputado estadual Major Araújo já garantiu que permanece na sigla presidida em Goiás pelo Delegado Waldir. O parlamentar afirmou até mesmo ser contra a mudança de partidos.
Ele, que estava no PRP até pouco tempo, disse quea mudança foi compulsória. Além disso, Major Araújo garante que o projeto de disputar a Prefeitura de Goiânia permanece.
Humberto Teófilo também conversou com o Mais Goiás. O deputado declarou que ainda não tem um posicionamento. Vale destacar que, antes do anúncio oficial do presidente, ele já tinha informado que a saída dele estava certa.
Crise no PSL
Para a criação da nova sigla são necessárias, por exigência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 500 mil assinaturas. Se viabilizado até março, é possível já lançar candidatos às prefeituras e Câmaras municipais, no próximo pleito.
Vale lembrar que, em outubro, Bolsonaro fez críticas ao presidente da sigla, Luciano Bivar, e escancarou a crise no partido. Depois houve, ainda, articulações pela retirada do delegado Waldir da liderança do PSL na Câmara, o que se concretizou com a entrada de Eduardo Bolsonaro. Além do rompimento com outros nomes, como da deputada Joice Hasselmann.