Iniciando os trabalhos

Deputados pedem abertura de CPIs em primeira sessão da Assembleia Legislativa

Obras paralisadas, Celg, Enel, Educação e incentivos fiscais e créditos outorgados serão os objetos de investigação

Deputados estaduais de Goiás entraram com pedidos para instauração de cinco Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na tarde desta terça-feira (19). Os projetos foram apresentados durante a primeira sessão ordinária de 2019 da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

“Vamos tratar com muita transparência e diálogo e dar a celeridade possível. Eu acredito que as CPIs são para deixar tudo às claras. Acho fundamental para esclarecer alguns fatos”, comentou o presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSB). Ele ainda afirmou que elas podem ajudar a corrigir erros e auxiliar Goiás a sair da crise. O peesebista ainda explica que, diferente das demais, a CPI da Educação será um resgate de uma proposta anterior, a ser encabeçada pelo deputado Talles Barreto (PSDB).

Enel e Celg

Avaliação do contrato de venda da Celg-D para a Enel em 2016, além de uma investigação se a empresa está cumprindo os requisitos são duas comissões distintas, mas que devem ser unidas. As propostas são de autoria dos deputados Alysson Lima (PRB) e Henrique Arantes (PTB).

“[Vamos analisar] se de fato a sociedade foi ouvida sobre a venda, se a Celg de fato estava quebrada a ponto de não servir mais como patrimônio dos goianos. Queremos analisar o processo de venda, o atual contrato e as contrapartidas que a Enel deve oferecer para a sociedade” explica Alysson.

Obras paralisadas

As obras paralisadas no Estado de Goiás também serão objeto de análise. A proposta é de autoria do deputado Amauri Ribeiro (PRP). “Isso se faz necessário para que possamos saber a extensão dos prejuízos aos cofres públicos”, explica. O parlamentar ainda afirma que várias rodovias tiveram as duplicações iniciadas mas não finalizadas.

Incentivos fiscais

A CPI de incentivos fiscais e créditos outorgados foi proposta pelo deputado Humberto Aidar (MDB). Ele afirma que essa deve ser uma das principais CPIs já instaladas na Alego. O objetivo é avaliar a distribuição de dinheiro público e incentivos para a instalação de grandes empresas em Goiás. “A nossa esperança é de poder recuperar milhões, quem sabe bilhões, aos cofres públicos. Se conseguirmos dar um freio e mudar a realidade, vai ganhar muito o novo governo”, explica.

O emedebista ainda defende que as pequenas empresas estão sendo prejudicadas por essa antiga prática, adotada pelo governo tucano, que deixou o poder em 2019. Tanto os deputados que serão da oposição, quanto os que serão da base aliada ao governo de Ronaldo Caiado (DEM) apoiam a investigação. A intenção é analisar todas as empresas e se elas cumpriram os contratos e as contrapartidas para receber os financiamentos.

“Vamos mexer numa caixa de marimbondos. Não podemos permitir que essas empresas continuem a pegar dinheiro que deveria ser usado no desenvolvimento do estado apenas para enriquecimento próprio”, finaliza Humberto.