CORONAVÍRUS

Deputados solicitam que Goiás entre em testes de vacinas contra covid-19

“São Paulo e Paraná já se anteciparam. Existe um consórcio dos Estados do Nordeste para a compra de vacina e aqui em Goiás não vimos nenhuma notícia”, afirma Antônio Gomide (PT)

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Eduardo Pinheiro

Deputados apresentaram requerimento na sessão de quinta-feira (3), na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), cobrando esclarecimentos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) sobre destinação de recursos para aquisição de vacina contra a covid-19 em Goiás. Os parlamentares querem ainda que o estado faça parte de testes na população.

Segundo aponta o deputado estadual Antônio Gomide (PT), autor do requerimento ao lado da deputada Adriana Accorsi (PT), o estado passa por um momento crítico da pandemia de coronavírus, com mais de 100 mil infectados e 3 mil mortes. Ele lamenta que mesmo diante disso, o estado não tenha um plano divulgado para aquisição de uma vacina.

“São Paulo e Paraná já se anteciparam. Existe um consórcio dos Estados do Nordeste para a compra de vacina e aqui em Goiás não vimos nenhuma notícia”, afirma.

“A secretaria de saúde precisa se movimentar neste sentido para Goiás em posições ruins, pois não temos nenhum trabalho sendo feito para aquisição ou ser um estado em regime de testes. Essa é a nossa preocupação e nossa solicitação”, aponta.

Testes

Existem três vacinas sendo testadas em terceira fase no Brasil: a inglesa, de Oxford, considerada muito segura; a chinesa, chamada Sinovac, que já foi testada em pelo menos 600 pessoas e se mostrou promissora; além da alemã da BioNTech/ Pfizer, que se mostrou com “uma resposta imune ‘robusta’ e não teve efeitos colaterais graves em voluntários adultos”.

Em agosto, a Fiocruz anunciou que pode começar a produzir a vacina de Oxford a partir de dezembro. A fundação firmou um acordo com a AstraZeneca, farmacêutica que está por trás da produção, para repasse de tecnologia.

A terceira fase de testes é considerada essencial para liberação das vacinas. É um ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da sua eficácia e segurança em maiores populações.

Resposta

Em nota enviada ao Mais Goiás a SES argumenta que:
no Brasil, a responsabilidade do Programa Nacional de Imunizações, que trata da vacinação dos cidadãos, é compartilhada entre o Governo Federal (por meio do Ministério da Saúde), os Estados e os Municípios, por meio das respectivas Secretarias de Saúde. O responsável pela produção ou compra e distribuição das vacinas utilizadas no Programa Nacional de Imunizações para todos os Estados do País é o Ministério da Saúde.
Os Estados, ao receberem as doses do Ministério da Saúde, se encarregam de distribuir proporcionalmente as vacinas pelos municípios. Por fim, as prefeituras se encarregam de vacinar a população nos postos de saúde. O objetivo é uma atuação conjunta para que a população fique protegida contra doenças.
Em relação à vacina contra a Covid-19 esse fluxo não será diferente. O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, participou  da solenidade de assinatura da Medida Provisória destinada à Abertura de Crédito extraordinário para compra da vacina de Oxford contra a Covid-19. Alexandrino foi único secretário estadual presente no evento, representando o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).