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Desembargador protesta após ser detido no STF: ‘não somos crianças’

Desembargador foi detido pela polícia judiciária do STF por desacato, depois de ser impedido de entrar no plenário da Primeira Turma

Desembargador Sebastião Coelho (Foto: Reprodução)
Desembargador Sebastião Coelho (Foto: Reprodução)

Impedido de entrar no plenário da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), onde está sendo julgado do processo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e detido pela Polícia Judiciária do STF por desacato, o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Sebastião Coelho protestou nas redes sociais com um vídeo.

Sebastião afirmou que ele e o colega, o ex-assessor de Bolsonaro Filipe Martins, que advogam para o ex-presidente, ‘não são crianças’. ‘Depois de aguardar por mais de uma hora, insisti e me deixaram entrar. A segurança interna me colocou na sala da Segunda Turma, onde havia umas cinco ou seis pessoas. O plenário estava vazio. Eu e o Edson [outro advogado de Filipe Martins], que não somos crianças, demos um jeito e chegamos à porta da Primeira Turma. Chegando lá, os seguranças não nos deixaram entrar’, relatou.

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Desembargador detido

Coelho gritou ao ser impedido de entrar na sala e, depois de deixar o STF, foi detido pela polícia judiciária por desacato. Antes da detenção, em entrevista à imprensa, afirmou não ter entendido o motivo por ter sido barrado.

“Olhei e vi vários lugares vazios dentro daquele plenário da Primeira Turma. Os advogados do processo não foram permitidos a entrada. Isso me causou uma grande revolta, porque a defesa, junto com o acusado, são os principais envolvidos no processo”, sustentou Coelho.

Oficialmente, o STF informou que o advogado não se credenciou previamente para acompanhar o julgamento, como exigido pela Corte para advogados interessados em participar presencialmente, e, por isso, foi barrado. Coelho afirmou que levará o caso à OAB.

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