Dilma diz no Senado que será eternamente grata a quem votar para absolvê-la
Segundo ela, o "golpe" que está se desenhando não vai solucionar a crise brasileira, mas sim agravá-la.
A presidente afastada da República, Dilma Rousseff, fez nesta segunda-feira, 29, um apelo final aos senadores para que a absolvam no processo de impeachment. A declaração foi dada durante seu depoimento no Senado. No discurso, a presidente pediu que se faça justiça com uma presidente que jamais cometeu um ato ilegal. No apelo aos senadores, ela disse que cada um deveria votar contra o impeachment e em favor da democracia.
“Eu respeito meus julgadores, não nutro rancor por quem votar a favor do impeachment e tenho muito apreço pelos que têm lutado bravamente pela minha absolvição, a quem serei eternamente grata”, afirmou. Dirigindo-se aos senadores indecisos, mesmo os da oposição, ela disse que para a condenação política é obrigatória a existência de crime de responsabilidade, cometido dolosamente e comprovado de forma cabal. “Pensem no terrível precedente que essa decisão pode abrir para outros presidentes, governadores e prefeitos atuais e futuros. Condenar um inocente, esse é o precedente.”
Segundo ela, o “golpe” que está se desenhando não vai solucionar a crise brasileira, mas sim agravá-la. “Peço que façam justiça a uma presidente honesta que jamais cometeu qualquer ato ilegal.”