Dívida fiscal da Comurg chega a R$ 1,3 bi, aponta relatório
O documento apresentou 13 encaminhamentos ao presidente da Companhia, Alisson Silva Borges, “sob pena de responsabilização pessoal”
O relatório elaborado a partir da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura possíveis irregularidades na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) aponta para dívida fiscal de R$ 1,3 bilhão. O documento foi apresentado pelo relator, vereador Thialu Guiotti (Avante), na última sexta-feira (25).
Um dos principais débitos da Comurg é com o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), R$ 59,9 milhões, referente ao período de outubro de 2021 a abril de 2023. Outra dívida considerável da companhia é de R$ 29,4 milhões, com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Além disso, a empresa deve mais R$ 8,5 milhões ao Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais (Imas). De acordo com o relator da CEI, o problema precisa ser tratado com “responsabilidade e planejamento”.
Para além da dívida
O documento apresentou 13 encaminhamentos ao presidente da Companhia, Alisson Silva Borges, “sob pena de responsabilização pessoal”, caso haja negligência.
O texto aponta que apesar de irregularidades “não há elementos suficientes para a devida individualização de conduta, a fim de responsabilizar os envolvidos”.
Havia expectativa de que o documento trouxesse um pedido para que o presidente da companhia, Alisson Borges fosse afastado.
No entanto, Thialu recomendou o afastamento de Edimar Ferreira da Silva, diretor de urbanismo da Comurg. Ele é sogro do presidente da companhia. Foi justamente essa relação que provocou a orientação. O relatório, inclusive, separa um tópico apenas para tratar sobre essa questão.