Documentos apontam que recursos da Saneago bancaram comitê de campanha de Marconi Perillo
Documentos da Operação Decantação, deflagrada em 2016, apontam que recursos da Saneago eram desviados para…
Documentos da Operação Decantação, deflagrada em 2016, apontam que recursos da Saneago eram desviados para fins políticos, como a montagem de comitês de campanha de Marconi Perillo (PSDB), voos cedidos ao vice-governador José Eliton (PSDB), pagamentos para políticos e partidos, caixa 2, mesadas, trocas de favores e compras de presentes. As informações são do jornal O Popular.
A investigação reuniu depoimentos, gravações telefônicas, mensagens de WhatsApp e análise parcial do material apreendido na época. Mensagens no celular do dono da Sanefer, Carlos Eduardo Pereira da Costa, mostram que ele cedia voos para José Eliton e para o chefe de gabinete do governador Marconi Perillo, Luiz Alberto de Oliveira, participar de eventos políticos no interior do Estado, em 2016.
Entre os documentos apreendidos na Operação, há ofícios sobre gastos com presentes de casamento e formatura autorizados por Marconi Perillo. Depoimentos de dois ex-servidores relatam ainda que a Saneago utilizou recursos para a montagem do comitê central de campanha de Marconi Perillo à reeleição, em 2014.
Ao O Popular, o governador, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que tem “absoluto desconhecimento” dos fatos relacionados a suspeita de uso de recursos da Saneago para montagem de comitês de campanha e que também “desconhece completamente” a existência dos ofícios que tratam de presentes de casamento e formatura. “Também não o autorizaria a menos que estritamente feita na forma da lei”, disse.
Já a assessoria de José Eliton diz que o vice-governador tem “relação social de muito tempo” com o empresário Carlos Eduardo Pereira Costa, mas que ele jamais recebeu favores dele e que recursos da Sanafer jamais bancaram suas viagens. Disse ainda que “utilizou, por algumas vezes, aeronaves de pessoas de sua relação ou contratadas por empresas de táxi-aéreo, devidamente registradas, e com comprovantes de pagamentos efetuados, o que é absolutamente ilegal.”