Política

Domingo, pouco depois das seis da tarde

Chegamos à reta final do segundo turno em Goiânia. No entardecer de domingo, já vamos…

Chegamos à reta final do segundo turno em Goiânia. No entardecer de domingo, já vamos saber quem é o novo prefeito. Em um confronto direto, certamente será aquele que errou menos durante a campanha. Vamos saber se as estratégias de ataque e defesa funcionaram ou não. E em que intensidade. A apuração vai colocar em xeque novamente os números dos institutos de pesquisa. Ou deveriam colocar.

A semana começou com os 13 pontos de vantagem mostrados pelo Serpes. No dia seguinte, já eram apenas 2 do Grupom. Diagnostico, Veritá, Ibope e, de novo, Serpes vão oferecer outros números. Cada líder político, cada um que esteja envolvido na discussão vai adotar um desses números e usar como bem entender.

Bom lembrar que Íris entrou à frente no segundo turno. Que não é outra eleição, mas continuação do primeiro turno. Natural que ele esteja à frente. Resta saber com qual diferença. O comportamento de Íris é de quem confia ter ganho a eleição. Escolhe agenda, inclusive com a imprensa. Joga culpa no adversário e na sua equipe de marketing por qualquer desvio de conduta. Vanderlan Cardoso está mais animado na semana final. Acredita estar em crescimento. Mas não há segurança em nenhum dos discursos.

O próprio Ibope admite, em média, no país uma massa de 19% que está votando baseado na internet. Isso significa que um em cada cinco eleitores não está nem aí para o jornal, a rádio, a TV, o noticiário, a conversa da esquina, os amigos, os parentes ou o ambiente de trabalho. Vai decidir sozinho. Normalmente, na véspera e sem revelar para ninguém. Este é o argumento que os institutos estão usando para justificar qualquer distorção. Esses mesmos institutos já deveriam estar preparados para medir isso. Não estão.

Certamente, serão questionados institutos e veículos que contrataram ou divulgaram as pesquisas. Para quem tem acompanhado os processos eleitorais, serão mais dados para guardar no histórico eleitoral de cada um. Serpes e Grupom são os mais tradicionais em Goiás e Goiânia. São os que mais fazem e, talvez por isso, mais se aproxima do resultado final. O Veritá é novo no mercado, mas foi o que mais se aproximou do resultado na campanha estadual de 2014. Está ocupando o seu espaço.

No primeiro turno, as maiores distorções ficaram por conta de Serpes e Ibope, que “incharam” o índice de Íris em 5 pontos percentuais. Provavelmente, por erro de campo na pesquisa. E este erro alimentou uma vitória em primeiro turno que não era possível. Quem mais se aproximou foi o Grupom, mesmo com levantamento fechado uma semana antes do pleito.

Será igual no segundo turno? Nada indica nem que sim, nem que não. Ânimos já ficaram muito acirrados nessa e em outras campanhas por conta de informações que não se confirmam nas urnas. Que o resultado saído das urnas no domingo seja recebido, acima de tudo, com serenidade. O poder está em jogo. 2018 está em jogo. Mas o segundo turno em Goiânia deveria ser visto como mais uma eleição. Não será.