Dono de instituto acusado de fraudar pesquisas em Goiás é preso
MP denunciou além dele, outras seis pessoas ligadas a fraudes
Márcio Rogério Gomes foi preso preventivamente na manhã de sábado (19), em Goiânia. O IPOP, instituto o qual é dono, é apontado pelo Ministério Público de Goiás como produtor de 349 pesquisas eleitorais fraudadas durante a pré-campanha e campanha das eleições de 2020. A prisão ocorreu após decisão do juiz da 123ª zona eleitoral de Alvorada do Norte, Pedro Henrique Guarda Dias.
Na decisão, o magistrado acolhe sustentação do Ministério Público que aponta Márcio Rogério Gomes como sendo chefe da “associação criminosa”, e que há receio de fuga do acusado do estado de Goiás. A esposa dele, Lúcia Fernandes Pacheco Pires, e a enteada, Priscila Pacheco Pires, também foram denunciadas à Justiça. Além dos prefeitos de Alvorada do Norte, Iolanda Holiceni, Buritinópolis, Ana Paula Soares, Damianópolis, Gilmar José Ferreira e Mambaí, Joaquim Barbosa.
O Mais Goiás tenta contato com a defesa dos acusados. O canal está aberto para a manifestação.
O Ministério Público identificou associação criminosa criada com “o propósito de produzir e divulgar pesquisa eleitorais fraudulentas”. Segundo a denúncia, a partir da feitura dessas pesquisas, o instituto as comercializava com candidatos a cargos públicos em diversos municípios.
O instituto foi alvo de mandados de busca e apreensão no início de novembro. Na ocasião, o Ministério Público identificou que o instituto simulou gasto de R$700 mil com pesquisas eleitorais sem registro de receitas junto ao Tribunal Superior Eleitoral.
Os responsáveis simulavam realizar os levantamentos com recursos próprios, supostamente de ordem filantrópica. A quantia, no entanto, era incompatível com o capital social da empresa.