POSICIONAMENTO

Doria nega afastamento de Baldy da secretaria de Transportes

Alexandre Baldy está preso em uma cela da Polícia Federal (PF), em São Paulo

Doria nega afastamento de Baldy da secretaria de Transportes

A assessoria do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), negou o afastamento do secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy (Progressistas). Baldy foi preso na manhã desta quinta-feira (6), na Operação Dardanários. Anteriormente, a Folha de S.Paulo informou que o tucano tinha sido afastado o secretário.

O ex-deputado federal e ex-ministro é investigado por desvios de verbas feitos na Saúde do Rio e de São Paulo. Segundo informações da coluna Painel S.A., da Folha de S.Paulo, Doria afastou Baldy e já indicaria, nesta quinta, um novo nome para o cargo.

Em nota ao Último Segundo, a assessoria do tucano afirmou: “Ao contrário do que foi publicado pela coluna Painel S.A. do jornal Folha de S. Paulo, o secretário Alexandre Baldy não foi afastado. O governador João Doria já deu declarações nesta manhã sobre o assunto.”

Mais cedo, o governador de São Paulo disse que “as acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no Governo de SP. Portanto, não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos. Tenho confiança de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça”.

Alexandre Baldy está preso em uma cela da Polícia Federal (PF), em São Paulo. Um interino assume, por enquanto.

Operação

A Operação Dardanários, um desdobramento da Lava Jato, foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (6). A ação investiga desvios de verbas feitos na Saúde do Rio e de São Paulo. As ordens de prisão partiram do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ, que expediu seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Petrópolis (RJ), São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Goiânia e Brasília.

Conforme exposto da decisão de Bretas pela CNN Brasil, foi possível chegar aos alvos por meio de colaboração premiada de três funcionários da Organização Social (OS) Pró-Saúde, de São Paulo. Trocas de mensagens comprovariam a participação de Baldy no esquema – de 2014 a 2018.

Esses colaboradores informaram que a OS queria celebrar contratos com o governo do Rio (e outros) e que Baldy usaria sua influência política para auxiliar. Ainda de acordo com o exposto, o dinheiro deixava o Rio de Janeiro para abastecer a organização de São Paulo e, então, chegar a beneficiários em Goiás.

Nota

A assessoria de Baldy classificou a prisão como desnecessária e exagerada “por fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre sequer participou”. Ainda segundo a nota, o também ex-deputado federal “sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação. A medida é descabida e as providências para a sua revogação serão tomadas”.