ELEIÇÃO | GOIÂNIA

Dra. Cristina registra queixa crime contra o próprio partido

Candidata disse, ainda, que possui elementos concretos para ser candidata

Dra. Cristina registra queixa crime contra o partido PL

Em coletiva de imprensa, após conseguir registrar a candidatura à prefeitura de Goiânia, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a candidata Dra. Cristina Lopes (PL), disse que registrou uma queixa crime contra o PL por fraude no documento da convenção. Ela afirmou, ainda, ter elementos concretos, como a Convenção, com ata notarial registrada, para respaldar as ações e para viabilizar a campanha e a candidatura.

Ela disse, ainda, que não vê problema nas composições partidárias, quando existe mérito, capacidade técnica. Mas simplesmente por troca de apoio o Brasil, ela afirma que não se sustenta mais. “Eu vivi na pele o processo de ‘puxada no tapete’. A gente escuta, mas quando chega na gente o baque é forte”, lembrou sobre a retirada de sua candidatura para que o partido pudesse apoiar Maguito Vilela (MDB).

Queixa crime

Nara Bueno, advoga de Cristina, informou que elas estiveram, também, no Ministério Público para registrar uma queixa crime contra o partido PL. Segundo ela, culturalmente as pessoas estão habituadas a partidos terem donos e tomarem medidas autoritárias, “mas juridicamente estamos em águas desconhecidas”. Nara lembrou que houve a convenção do PL em meados de setembro, onde houve a “voz soberana” com a escolha da Dra. Cristina.

Ela diz, então, que foi ferido o princípio democrático, que se sobrepõe a soberania partidária. “Imagine, se dizem: ‘Ainda que mulheres sejam aclamadas em convenções, elas não serão candidatas.'” Nara também lembrou que o partido, no dia 17, homologou a ata com os cargos proporcionais e apoio a Maguito.

“Quando um partido frauda um documento e leva à Justiça Eleitoral, ele comete um crime. O partido cometeu um crime e isso transcende a eleição e afeta o estado democrático de direito, pois a convenção é a voz do partido.” Ela representou tanto a Polícia Federal quanto ao Ministério Público Eleitoral para apurar quem está envolvido na ata fraudulenta. “Essa prática é muito comum, principalmente contra mulheres. Mas é inédito ver uma mulher lutar para ter a sua voz ouvida.”

Ele explica, ainda, que pediu a impugnação do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (Drap) da coligação de Maguito, formada por vários partidos, inclusive, o PL, com uma série de medidas: “Pedimos a retirada do PL e o indeferimento do Drap e confio na justiça.”

Relembre

Vale lembrar, que o PL havia retirado a candidatura de Cristina e fechado apoio ao nome do MDB, Maguito Vilela. À época, ela disse que foi sabotada pela direção da sigla. A candidata lembrou que havia um acordo que ela seria candidata e acusou a Executiva Estadual do PL, o presidente Fábio Canedo e deputada federal Magda Moaffato.

Magda chegou a responder Cristina dizendo que a decisão é do presidente estadual do partido e que a candidatura foi inviabilizada por falta apoio interno e externo. O presidente do PL, Flávio Canedo, também respondeu às acusações dizendo que não houve traição e que “a pré-campanha não teria decolado”.

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